A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) vai protestar, esta terça-feira, contra o Governo, denunciando as queixas do sector com uma “flashmob” perante o Simpósio da Organização Mundial de Saúde (OMS), no Porto.
Os médicos prometem fazer uma “flashmob” em defesa “da dignidade” da carreira médica e do futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Visamos especialmente os ministros da Saúde estrangeiros presentes no evento, mas também o Governo português e o ministro da Saúde Dr. Manuel Pizarro, para dar um grito de alerta para abandonarem a sua teimosia”, anuncia a FNAM em comunicado.
A entidade quer que o Governo tenha “a coragem de incorporar as propostas dos médicos no SNS, para que todos os cidadãos em Portugal possam ter acesso a um serviço de saúde público, universal, com qualidade e com futuro”, frisa ainda.
Os médicos dirigiram também uma carta à OMS, para que, em próximas reflexões sobre “o futuro dos sistemas de saúde na era digital”, não esqueça, “como o fez desta feita”, o desafio digital no que aos sistemas públicos de saúde diz respeito.
A acção no Simpósio da OMS é a primeira etapa do “Tour da FNAM” que vai percorrer várias unidades de saúde em Portugal.
O objectivo é reforçar a mobilização dos médicos para entregarem declarações de indisponibilidade ao trabalho suplementar além das 150 horas obrigatórias por ano, e mapear a “situação dramática” que se vive nas várias unidades de saúde. .
A volta pelo país terminará em Lisboa, no dia 14 de Novembro, com uma manifestação nacional em frente ao Ministério da Saúde, a par de uma greve nacional de dois dias, marcada para 14 e 15 desse mês.
Também os farmacêuticos do SNS estão em luta por melhores salários e progressão na carreira, entre outras reivindicações, cumprindo, esta terça-feira, um dia greve nos distritos de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
ZAP // Lusa