Médicos engoliram peças de Lego em nome da ciência

Seis pediatras engoliram uma cabeça de um boneco da Lego para ver quanto tempo demorava a ser expelido do corpo humano.

Há cientistas dispostos a tudo em nome da ciência. Basta olhar para o exemplo do médico norte-americano Joseph Goldberger, que, para provar a sua teoria, sujeitou-se a comer um comprimido com urina, pele e fezes de pacientes infetados com pelagra.

Nesse espírito, seis pediatras levaram a cabo uma experiência, no mínimo, bizarra: engoliram uma cabeça do icónico boneco da Lego para determinar quanto tempo esta demora, em média, até ser expulsa do organismo.

Muitas vezes, quando as crianças brincam com Lego, os pais temem que os filhos possam engolir um dos blocos de construção. Nos casos em que de facto isto acontece, muitos vão de imediato para as urgências hospitalares.

No entanto, o Dr. Andy Tagg, do Western Health, em Melbourne, na Austrália, avisa que não há necessidade para alarme.

Tagg foi um dos médicos que engoliu um Lego. Os resultados da sua experiência mostram que, em média, o tempo de excreção do pequeno objeto é de 1,71 dias. Os resultados foram publicados na revista científica Journal of Paediatrics and Child Health.

“Um brinquedo passa rapidamente por sujeitos adultos sem complicações. Isso tranquilizará os pais, e os autores defendem que nenhum pai deve procurar nas fezes dos seus filhos para provar a recuperação de objetos”, asseguram os autores do estudo.

Andy Tagg e companhia alertam, contudo, para alguns tipos de objetos que são, de facto, perigosos para as crianças se engolidos. Um deles são as “baterias-botão”, as baterias pequenas e redondas, em forma de bolacha, frequentemente encontradas em brinquedos eletrónicos.

Estas baterias podem mesmo queimar um esófago em algumas horas, pelo que são bem mais perigosas do que uma moeda ou uma cabeça de Lego.

ZAP //

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