Arboristas como Eric Ong são responsáveis pelo bem-estar das milhares de árvores em Singapura. O seu trabalho é essencial para a preservação da natureza.
A Singapura é uma cidade-estado insular situada ao sul da Malásia, com uma economia bastante desenvolvida e que combina o ambiente citadino com elementos da natureza. Nos seus cerca de 728 quilómetros quadrados, é possível encontrar enormes árvores centenárias.
O veterano arborista Eric Ong é um dos guardiões das árvores da ilha e o seu trabalho é tomar conta delas, conta o Atlas Obscura.
A árvore da chuva, também conhecida como chorona, é uma das mais comuns no território. “As grandes choronas que você vê hoje foram as pioneiras do seu tempo”, assinala Ong. Não são as únicas, havendo uma variedade de outras espécies: Ficus kurzii, Fagraea fragrans e Adenanthera pavonina, por exemplo.
O processo de Ong é meticuloso. Ele examina a copa e os galhos da árvore para ver se galhos fracos ou demasiado grandes devem cair antes de serem atingidos pelas monções ou arrancados por ventos fortes.
Além disso, examina a árvore à procura de sinais de morte, infeção fúngica e cavidades, um orifício encontrado no tecido morto que procede um ferimento. Assim como um médico faz testes e exames num paciente humano, Ong mede os sinais vitais das árvores singapurenses.
Para observar mais de perto os sinais de decomposição, ele às vezes perfura o tronco ou usa um tipo de ultrassom. Acompanhado por um tablet, vai registando as atualizações e consegue verificar o historial da árvore se necessário. Drones pequenos são úteis para rápidas inspeções aéreas para examinar lugares difíceis de alcançar.
Cada ‘consulta’ demora cerca de 15 minutos. Por mês, Ong tem de analisar entre 500 e 1.000 árvores. Este é um processo especialmente importante durante a época das monções.
“As épocas das monções não são nada com que se preocupar… desde que façamos bem o nosso trabalho de casa”, sublinhou Ong.