Quebra significativa na McDonald’s, que já não se via desde os piores tempos da pandemia. Os consumidores estão a recuar.
A McDonald’s apresentou na quinta-feira passada o seu relatório de vendas do primeiro trimestre – e os resultados não são famosos.
Só nos EUA a queda nas vendas foi de 3,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Não aprece um número relevante, mas é a maior de todos os países e uma quebra significativa e que já não se via desde os inícios da pandemia, lembra o Fast Company.
A nível global, houve uma descida de 1% – quando se esperava que houvesse um crescimento de vendas precisamente de 1%.
Por isso, esta foi uma queda surpreendente, como destaca o Dinheiro Vivo.
No entanto, estamos em tempos de “McRecessão”: a recessão chegou às cadeias de fast-food.
O termo é trazido pela Axios, que sublinha que os consumidores de baixo e médio rendimento estão cada vez mais a evitar restaurantes de fast-food. É uma consequência da incerteza económica, é o medo da recessão – que o presidente dos EUA, Donald Trump, já admitiu que pode surgir.
No geral, e segundo o próprio director da McDonald’s, Christopher Kempczinski, baixou quase 10% o número de clientes com baixos rendimentos que foram a restaurantes de comida rápida nos EUA. Isto no primeiro trimestre deste ano. E a queda nos clientes de rendimentos médios foi quase igual.
Há um pessimismo generalizado sobre o futuro, essencialmente nos EUA. Isso gera poupança e reflecte-se até na alimentação: há pessoas que deixaram de tomar o pequeno-almoço, ou que comem sempre em casa, ainda segundo o director da McDonald’s.
E os sinais preocupantes na fast-food são vários: Starbucks, Domino’s Pizza e Wingstop – todos admitiram quebras no negócio, nos últimos tempos.
Excepção nos EUA: a Taco Bell. Aí as vendas continuam a correr bem, já que os seus preços mais baixos e os seus menus mais económicos parecem ter convencido os tais clientes com menores rendimentos.
A administração da McDonald’s tem uma esperança: o lançamento (ou a recuperação) das tiras de frango e o regresso iminente dos wraps para snacks devem ajudar a empresa a melhorar os números.