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Mau tempo faz estragos e ainda não dá tréguas

Peter Morgan / Flickr

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O mau tempo vai continuar este domingo a afetar grande parte de Portugal, depois de no sábado ter provocado cheias, inundações, deslizamento de terras e cortes em estradas e linhas ferroviárias. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sete distritos em aviso vermelho.

As previsões para este domingo, dia 14, apontam para um agravamento das condições meteorológicas, em especial nas regiões a norte do rio Tejo e, em particular, no Minho e Douro Litoral, com chuva persistente, por vezes forte, que pode ser acompanhada de trovoada e de granizo.

A agitação marítima na costa ocidental irá aumentar, com as ondas a poderem atingir cinco a sete metros, sendo que a norte do Cabo Raso poderão chegar a sete ou a oito metros.

De acordo com as previsões, a norte do Cabo Raso, as ondas poderão atingir o máximo de 14 metros.

Devido ao estado do mar, o IPMA colocou sob aviso vermelho os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Leiria e Lisboa.

O instituto também prevê vento forte com rajadas até 100 quilómetros por hora no litoral e até 120 quilómetros por hora nas terras altas, com possibilidade de situações mais extremas de vento, e queda de neve nas regiões do Norte e Centro até à cota de 600 metros, bem como uma descida de temperatura.

Alerta da proteção civil

Perante as previsões meteorológicas, a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) alertou para a possibilidade de inundações em “zonas historicamente vulneráveis”, mais prováveis nas bacias dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave, Vouga, Douro e Mondego, “não sendo de excluir situações de cheias provocadas pelo aumento do caudal das principais linhas de água”.

Segundo a Proteção Civil, existe o risco de “as condições de saturação dos solos favorecerem a possibilidade de ocorrência de deslizamentos em zonas de declive mais acentuado”.

Assim, a Proteção Civil aconselha todos a garantirem “a desobstrução dos sistemas de escoamento”, adotarem “uma condução defensiva”, a não atravessarem “zonas inundadas” e colocarem correntes de neve sempre que se justificar. Além disso, devem estar atentos “às estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas” e garantir a sua “adequada fixação”.

As áreas arborizadas, a orla costeira e as zonas ribeirinhas devem ser evitadas, assim como todas as atividades relacionadas com o mar.

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