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Hotéis Marriott e Hilton acusados de ignorar tráfico sexual

Dezenas de ações foram interpostas nos Estados Unidos (EUA) contra algumas das principais redes de hotéis, incluindo a Marriott, a Hilton e a Wyndham, nas quais são acusadas de ignorar e de lucrar com o tráfico sexual que alegadamente ocorre nas suas instalações.

Segundo relatou o Wall Street Journal, citado pelo Fast Company, as ações abertas em vários em tribunais estaduais e federais dos EUA, que envolvem dezenas de empresas hoteleiras, visam alcançar indemnizações e novas medidas que interrompam o tráfico sexual nesses locais.

Os detalhes dos processos incluem raparigas desnutridas e menores de idade que ficam nesses hotéis durante semanas, sinais óbvios de atividade sexual e de drogas nos quartos, grandes quantidades de parafernália sexual, numerosos visitantes masculinos sem bagagem e pedidos excessivos de toalhas e lençóis.

Os processos indicam que os hotéis estariam cientes do tráfico nas suas instalações e apontam para uma série de indicações externas, como revisões online onde era discutida essa atividade e apreensões policiais nos locais.

Os processos fazem uso da Lei de Reautorização de Proteção às Vítimas do Tráfico, que permite ações civis contra pessoas e entidades conscientes do tráfico e dos lucros. Os processos estão numa fase inicial.

Um porta-voz do Hilton disse que a empresa “condena todas as formas de tráfico de pessoas, inclusive a exploração sexual. Como signatários do Código ECPAT [Fim da Prostituição e Tráfico de Crianças] desde 2011, estamos totalmente comprometidos, em todos e cada um de nossos mercados, a proteger os indivíduos de todas as formas de abuso e exploração“.

E acrescentou: “Esperamos que os membros da nossa equipa e os nossos parceiros de negócios nos ajudem a cumprir esse compromisso. Exigimos que todos os nossos hotéis, incluindo franquias, realizem treinamento para identificar os sinais de tráfico de pessoas e como devem denunciá-los”.

A Wyndham Hotels & Resorts recusou-se a comentar o processo, indicando apenas: “Condenamos o tráfico de seres humanos de qualquer forma. Exigimos treinamento para os funcionários da nossa empresa em todo o mundo para ajudá-los a identificar e relatar atividades de tráfico. Também disponibilizamos oportunidades de treinamento para os nossos que são de propriedade e operação independentes”.

O Marriott referiu não comentar litígios pendentes.

ZAP //

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