Comentador avaliou negativamente o desempenho de Carlos Moedas nos debates com Fernando Media, elogiou António Costa, recomendou o uso de máscara na rua apesar do fim da obrigatoriedade e atirou-se ao lóbi das farmacêuticas.
No seu espaço de comentário político na SIC, ontem à noite, Luís Marques Mendes defendeu a expulsão de Rui Fonseca e Castro, o juiz negacionista em relação à covid-19 e que na última semana protagonizou um episódio polémico com vários membros das forças da autoridade.
“O comportamento deste homem já tinha sido muito estranho durante algum tempo que esteve à frente da comarca de Odemira, com comportamentos que não são próprios nem da imparcialidade nem da independência de um juiz. E agora, com este comportamento nestes últimos dias, perante a PSP e depois dentro da sala, perante o Conselho Superior da Magistratura, isto é absolutamente intolerável. Este homem não sabe comportar-se como cidadão e muito menos como juiz. Esta está a violar todos os deveres de um juiz. Não há outra solução que não seja expulsar este homem da magistratura”, disse Marques Mendes.
Sobre a reunião do próximo dia 8, onde o Conselho Superior de Magistratura deverá analisar o caso, o antigo líder parlamentar do PSD apelou a uma posição intransigente: “É preciso uma atitude exemplar. Isto não é um caso menor, nem é um fait-divers. Se não se corta o mal pela raiz, e se não se atalham com comportamentos desta natureza, isto compromete a imagem dos juízes, dos magistrados e da magistratura.”
Num outro tópico, o das eleições autárquicas do próximo dia 26 de setembro, Marques Mendes considera que Carlos Moedas não conseguiu superiorizar-se a Fernando Medina nos frente-a-frente que os dois têm feito nas televisões. O comentador defende mesmo a ideia que Moedas “desperdiçou uma oportunidade” quando precisava de colocar “Medina à defesa”, algo que “não conseguiu”.
Mesmo assim, o comentador também é da opinião que o atual presidente da Câmara de Lisboa “não esteve brilhante“, com sinais de “arrogância” e “agressividade“. “O problema de Moedas é que precisava de ganhar claramente o debate. De estar ao ataque. De colocar Medina à defesa. E isso ele não conseguiu. Resta-lhe agora a campanha eleitoral”, sugeriu.
Sobre António Costa e o recente anúncio do mesmo sobre a descida no IRS por via do desdobramento dos escalões, Marques Mendes catalogou-o como uma medida que “vai no caminho certo“, apesar da inexistência de detalhes importantes, tal como nota o Observador.
“É uma grande jogada política e eleitoral. É o primeiro-ministro no seu melhor, habilidoso. Anuncia que vai desdobrar dois escalões do IRS. Mas não diz nada de concreto.. Que desdobramentos vai fazer? Quantos novos escalões vai criar? Que taxas vai aplicar? Que reduções em concreto é que as pessoas vão ter? De concreto, nada. Ou seja: gera uma boa impressão; cria grandes expectativas; toda a gente aplaude; no final o mais provável é que seja um alívio meramente simbólico”, antecipou.
Já no que respeita à evolução da pandemia em Portugal — que entra hoje numa nova fase, na qual o uso de máscara na rua já não é obrigatório — o político considera que este objeto de proteção deverá continuar a fazer parte da vida dos cidadãos, por uma questão de bom-senso. “A máscara vai deixar de ser obrigatório na rua, mas eu acho que é recomendável usa-la em muitas circunstâncias”, explicou.
“Eu recomendaria, sem paternalismo nenhum, que é bom trazer sempre a máscara no bolso.” Na opinião de Marques Mendes, esta precaução será especialmente importante nos próximos meses, já que poderá ajudar a “mitigar muitíssimo os efeitos da gripe“, à semelhança do que aconteceu no Inverno anterior.
No mesmo âmbito, o político recriminou a administração de terceiras doses da vacinação na Europa, o que terá efeitos imediatos e negativos em territórios onde nem os profissionais de saúde estão inoculados. “Há no mundo ocidental, designadamente no mundo europeu, um grande egoísmo. Para se ter uma terceira dose na União Europeia, por exemplo, são milhões de doses que são compradas e que são administradas. São, portanto, milhões de doses que vão faltar a países pobres”, explicou.
A influência que as grandes farmacêuticas exercem sobre os principais governos europeus também foi abordada pelo comentador. “Neste momento, há uma grande pressão de lóbis das farmacêuticas que, evidentemente, querem que seja aplicada uma terceira dose e amanhã uma quarta e uma quinta, porque ganham muito dinheiro com isso.” Marques Mendes sublinhou ainda a inexistência de estudos científicos que defendam a terceira dose da vacina e apelou a um debate sobre a questão.
Finalmente, Luís Marques Mendes falou sobre a morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio e as cerimónias fúnebres que decorreram ao longo do último fim-de-semana.
“Foi uma homenagem altamente consensual, não é normal em Portugal, é muito raro. Mas eu compreendo que assim seja porque Jorge Sampaio foi, de um modo geral, na forma de fazer política, um príncipe. Tinha uma grande proximidade com as pessoas e era um homem profundamente respeitador dos seus adversários. Em cada adversário que tinha, normalmente a seguir fazia um amigo. É uma lição de vida.”
Este juiz esta-se a passar. Ele é um órgão de soberania, devia dar o exemplo de bom comportamento cívico e fez esta cena. Que ele tenha uma posição ….mas que até faça manifestações sobre isso, já passa das marcas….
Se se quer manifestar como cidadão, manifeste-se , mas não deve usar a posição profissional para isso, ainda por cima, para mandar nos outros.
O que não é compreensível é como é que esse energúmeno ainda é juiz!
Só mesmo em portugal!
Afinal eles protegem-se uns aos outros e nem vergonha têm de uma besta como esta pertencer à classe de juízes, afinal todos pensam da mesma maneira mas este disse-o em voz alta!