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Marítimo vs Benfica | Águia pálida salva-se no caldeirão

Gregório Cunha / Lusa

O Benfica mantém-se na perseguição ao líder FC Porto, graças a um magro triunfo, por 1-0, no terreno do Marítimo.

A equipa “encarnada” esteve por cima dos acontecimentos desde o apito inicial, acabando por traduzir a sua superioridade em vantagem já perto do intervalo, numa grande penalidade convertida por Jonas.

O Marítimo pouco fez por merecer um resultado melhor, chegando ao final da partida sem um único remate à baliza de Vlachodimos, que foi um mero espectador.

O Jogo explicado em Números

  • Começo morno da partida, com apenas um remate para cada lado durante os 15 minutos iniciais e ambos desenquadrados. A posse de bola permanecia equilibrada (52%-48% a favor do Benfica), com as “águias” também a mostrarem superioridade no capítulo da eficácia de passe (84%-79%).
  • Volvidos 30 minutos desde o início da partida, ainda não havia um único remate à baliza a registar. Os destaques individuais por esta altura iam para Pizzi, com dois passes para finalização, e para Jorge Correa, com uma situação de remate criada e cinco duelos ganhos em outros tantos disputados.
  • Grimaldo deu então nas vistas com dois remates à baliza, ambos defendidos por Amir. O lateral-esquerdo espanhol, que também liderava a sua equipa em acções com bola (37), parecia mais interessado em atacar do que a defender,  contabilizando apenas um duelo ganho em quatro, uma recuperação de bola e uma acção defensiva.
  • Primeira parte bastante apagada de Gedson Fernandes, que chegou aos 45 minutos no fundo da tabela no que toca a acções com bola (12) e passes (seis), embora não tivesse errado nenhuma das suas entregas.
  • O golo que abriu o marcador acabou por surgir já nos descontos, numa grande penalidade convertida por Jonas, após falta de Amir sobre o avançado brasileiro – o jogador “encarnado” mais castigado pelo adversário, com quatro cargas sofridas, mais duas do que qualquer outro elemento da sua equipa.
  • No regresso aos balneários, a vantagem do Benfica era indiscutível: a equipa “encarnada” liderava em todas as vertentes da partida, tendo ainda sido a única a rematar à baliza durante os primeiros 45 minutos.
  • Jonas, o autor do golo do Benfica, liderava os GoalPoint Ratings, com 6.6, ele que, para além do remate certeiro, somava dois desarmes, 20 acções com bola e quatro faltas sofridas.
  • Do lado do Marítimo o destaque ia para Lucas Áfrico 5.6, já com cinco acções defensivas.
  • O arranque da segunda parte foi bastante mexido, com seis remates ao todo nos primeiros 15 minutos, embora apenas um deles tenha sido enquadrado, da autoria de Jonas. Acentuava-se o domínio das “águias”, que tinham 64% da posse de bola, embora a sua eficácia na distribuição tenha caído ligeiramente (de 86% na primeira parte para 83%).
  • Aos 70 minutos do desafio, Cervi era o único jogador benfiquista com um cruzamento eficaz, em dez tentativas dos visitantes. O Marítimo, por sua vez, levava dois cruzamentos com a melhor direcção, em apenas sete tentativas, por Danny e Correa.
  • Juntos, Jardel e Rúben Dias, os centrais do Benfica, chegaram aos 75 minutos do desafio com oito duelos aéreos ganhos em nove disputados, uma enorme diferença para os homens do eixo da defesa maritimista, Lucas Áfrico e Zainadine, que contabilizavam apenas uma disputa pelo ar, e perdida.
  • Com o passar dos minutos, o Marítimo pisou no acelerador, chegando ao período de descontos com 47% de posse. Ainda assim, acabaria a partida sem um único remate à enquadrado, após seis tentativas, curiosamente todas elas por jogadores diferentes.

O Homem do Jogo

Jonas mostrou novamente o quão importante é para a equipa do Benfica, ao marcar o golo decisivo, o quinto nos últimos cinco jogos da equipa “encarnada”, numa grande penalidade por ele sofrida.

Este foi um dos três remates à baliza do brasileiro (máximo da noite), que deu ainda nas vistas com dois duelos aéreos ofensivos disputados, ambos por ele ganhos. Acabou, no entanto, por desperdiçar uma ocasião flagrante de golo, o que fez com que terminasse a partida com nota 7.1 nos GoalPoint Ratings – ainda assim, a mais alta da noite.

Jogadores em foco

  • Fabrício Baiano 6.3 – O melhor dos insulares. Falhou apenas dois passes em 42 tentativas, foi feliz nos três dribles que executou e somou cinco desarmes e 11 recuperações de posse.
  • Zivkovic 6.0 – A render Rafa no ataque do Benfica, o sérvio deu nas vistas com dois passes para finalização e três dribles eficazes em cinco tentativas.
  • Grimaldo 5.7 – O espanhol fez dois disparos, ambos enquadrados, e criou duas situações de remate. Falhou 17 passes, seis deles no próprio meio-campo, e perdeu a posse em 22 ocasiões. Ainda assim, contabilizou 99 acções com bola e seis intercepções, ambos máximos da partida.
  • Pizzi 5.0 – Foi o jogador “encarnado” com mais passes para finalização, três, mas teve uma noite para esquecer, errando sete passes curtos, perdendo a posse 23 vezes e sendo desarmado em seis ocasiões.
  • Danny 4.8 – O experiente médio não rematou, criou apenas uma situação de remate e falhou nove passes em 26. Para além disso, foi desarmado três vezes e consentiu dois dribles .

Resumo

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