Marionnaud vai fechar a maioria das suas lojas em Portugal e Espanha

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A rede de perfumarias Marionnaud vai fechar a maioria das suas lojas em Portugal e Espanha, num processo que levará ao despedimento de até 570 pessoas nos dois países, segundo dados de um acordo alcançado com os sindicatos.

Dados fornecidos aos sindicatos e comparados pela Lusa com a informação da empresa disponível online indicam que o plano de reestruturação da empresa na Península Ibérica levará ao fecho de 35 das 43 lojas em Portugal e de 70 das 117 em Espanha.

O plano prevê o despedimento de 253 dos 279 trabalhadores que a empresa tem em Portugal e de 317 dos 621 que emprega em Espanha.

Os dados sobre Portugal foram extrapolados com base na informação sobre os despedimentos e fechos de lojas previstos em Espanha e o objectivo final para os dois países, facilitada à Lusa por fontes sindicais.

Na informação sobre o acordo disponibilizada, a empresa prevê manter nos dois países 55 das 160 lojas e 330 dos 900 empregados dos dois países.

A agência Lusa tentou, sem êxito, obter informação adicional da empresa.

Mark Nunn, director geral, disse à agência espanhola EFE que o plano de reestruturação prevê que a empresa mantenha activos pontos de venda viáveis.

O acordo alcançado com os sindicatos, explicou, centra-se em medidas para reestruturar a parte não viável da rede comercial e inclui uma “melhoria significativa” das indemnizações por despedimento.

Contempla ainda um tratamento especial para os empregados mais velhos, um incentivo complementar para os trabalhadores de lojas com base nos resultados do inventário de fecho e um plano de recolocação personalizado.

“O apoio por parte do grupo AS Watson, a que pertence a Marionnaud, tem sido chave para assegurar o acordo e a viabilidade presente e futura do negócio, confirmando uma vez mais a aposta que este grupo tem desde 2005 no sector da perfumaria e beleza”, explica a empresa.

Fontes sindicais espanholas explicam que o acordo alcançado em Espanha – não há informação sobre se a medida se aplicará também a Portugal – prevê o pagamento de 31 dias por cada ano de trabalho, até um máximo de 24 meses.

Os despedimentos serão formalizados entre 12 de Março e 31 de Dezembro deste ano.

/Lusa

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