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Mário Machado lidera grupo de neonazis que vai combater na Ucrânia (mas só por 15 dias)

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Miguel A. Lopes / Lusa

O dirigente do movimento de extrema-direita ‘Nova Ordem Social’, Mário Machado

Há, nesta altura, pelo menos, dois grupos de ex-militares portugueses que estão a ajudar as tropas ucranianas a combater os russos. Mas, no próximo dia 20 de Março, vai partir para a Ucrânia mais um grupo de 20 pessoas liderado pelo neonazi Mário Machado, para se juntar ao combate contra o exército da Rússia.

Mário Machado, o ex-líder do movimento Nova Ordem Social, está sujeito a apresentações quinzenais numa esquadra, depois de ter sido detido por posse ilegal de arma em Novembro de 2021. Mas nem isso o demove de ir para a Ucrânia ajudar a combater os russos.

Assim, no próximo dia 20 de Março, Mário Machado vai liderar um grupo de vinte pessoas que vão ajudar as tropas ucranianas, como avança o Expresso.

Pelo menos oito destas pessoas, vão juntar-se a “uma milícia neonazi ucraniana que se encontra em Lviv”, mas, segundo o semanário, não se trata do famigerado Batalhão Azov, grupo armado neonazi que ajudou as tropas da Ucrânia no combate contra separatistas pró-russos.

“Nos últimos dias, os nacionalistas portugueses têm acertado os pormenores da viagem através de mensagens encriptadas no Surespot e no Wickr Me”, avança ainda o Expresso.

Mário Machado só deverá ficar 15 dias na Ucrânia, pois “está obrigado a apresentar-se quinzenalmente numa esquadra”, como avança ainda o mesmo jornal.

Ex-militares de Gaia na base atacada pelos russos

Na Ucrânia, a ajudar no combate aos russos, já estão dois grupos de ex-militares portugueses, incluindo quatro que partiram de Vila Nova de Gaia, na semana passada, e que estavam na base militar de Yavoriv, a cerca de 20 quilómetros da fronteira com a Polónia, que foi bombardeada pelos russos há dois dias.

A base foi atingida por cerca de 30 mísseis russos e matou várias pessoas, num número ainda não confirmado.

Era nesta base, onde é dado o treino militar aos mercenários e voluntários que chegam do estrangeiro para ajudar o exército ucraniano, que se encontravam os quatro ex-militares portugueses de Gaia.

Estão todos bem, conforme avança a CNN Portugal, destacando que um deles fez uma publicação nas redes sociais a confirmar isso mesmo.

Em declarações a este canal, um dos ex-militares explicou que estão na Ucrânia como “voluntários” e não como mercenários, o que lhes dá “algum enquadramento legal”. Este mesmo elemento refere que mantêm ligações com o “pessoal da Embaixada, com papéis assinados e tudo”, para conseguirem estar “o mais legal possível”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros apela, entretanto, por via do Expresso, para que nenhum português “se desloque para a Ucrânia”. Àqueles que ainda assim o façam, roga-se que ao menos sinalizem ao Gabinete de Emergência Consular a sua deslocação àquele país”, alerta fonte do ministério.

Entretanto, o jornal britânico Independent avança que as autoridades britânicas estão a verificar informações sobre a morte de três ex-comandos britânicos no ataque à base militar de Yavoriv.

Esta base estará a ser usada pelos países da NATO para fazer chegar armas à Ucrânia. Essa pode ter sido a principal justificação para o ataque russo.

ZAP //

9 Comments

  1. estes gajos vão dar razão ao Putin quando diz que quer desnazificar a Ucrânia! ajudas destas não sei se são realmente ajudas…

    • Realmente… o que vale é que é tão pouco tempo que nem dá para chegar à frente de batalha e nem os ucranianos devem querer estes toscos aos tiros ao seu lado!…

  2. Este Individuo é simplesmente ridículo . Por sorte sua o ridículo não mata , por má sorte nossa são toleradas criaturas deste género na nossa bela Democracia mesmo imperfeita que seja!……. “Vai combater na Ucrânia” como se pode ler no titulo do Artigo , pois bem só se for ao lado do Invasor !

    • Atenção:
      É por *boa* sorte nossa que “criaturas deste género” são toleradas na nossa Democracia.
      Porque se virmos bem, a alternativa, de a nossa Democracia ser intolerante para com “criaturas” dependendo do seu “género”, é bastante sinistra…
      A Liberdade não é só para os amigos. A Liberdade é, principalmente, para os não amigos.
      O regime em que só há Liberdade para os amigos chama-se Ditadura.

      • Com “criaturas deste género”, acho que o atento queria dizer: criminosos cadastrados como este “herói”!…

      • Concordo. Mas mantenho o que disse:
        O regime em que só há Liberdade para os amigos chama-se Ditadura.
        E reforço, com uso de palavras similares às do comentário inicial para melhor clareza:
        O regime que apenas “tolera” “criaturas” dum “género” que nos agrada chama-se Tirania.
        Mais:
        O próprio título da notícia já pede um comentário crítico. Diz-se que fulano “lidera grupo de neonazis que vai” fazer certa acção. Ora bem, o que quer isto dizer? Quer dizer que há um grupo de pessoas, que tem um certo conjunto de ideias (ideias!), que vai fazer alguma coisa. É importante distinguir entre a acção e as ideias. A acção, afectando outros, pode e deve ser condenada *se* causar dano a alguém. As ideias, se não se traduzirem em acção, devem ser toleradas, ao abrigo da Liberdade de Expressão, Opinião e Pensamento. As ideias podem e devem ser criticadas e combatidas por outras ideias. Discurso combate-se com discurso. O que não pode acontecer é que as *pessoas* que têm ideias que nos desagradam deixem de ser toleradas por causa disso. Podem não ser toleradas pelas suas acções, mas não devem deixar de ser toleradas apenas por causa de ideias.
        Posto isto fecho o ciclo, repetindo que é *boa* sorte nossa vivermos numa Democracia onde estas pessoas são toleradas. Ponto.

        Porque vem a talho de foice, aproveito para comentar que condeno absolutamente afirmações como a de Rui Tavares, do partido Livre, que diz que não deve haver tolerância para com os intolerantes. Esta ideia é sinistra e deve ser denunciada como tal. Esta ideia transporta o oposto de Liberdade e de Democracia. Esta ideia diz que só devemos tolerar aquilo de que gostamos, ou seja, esta ideia defende uma tirania. É uma ideia abominável, e eu abomino-a, e combato-a com discurso de feroz oposição. Mas defendo que deve ser tolerada precisamente porque o que importa é tolerar as ideias abominaveis. É isso que é viver em Liberdade. Similarmente, acho abominável a ideia, tão cara a Rui Tavares, Ana Gomes e outros, de proibir o partido Chega!. Um país que proíbe partidos e intolera ideias é um país em que não quero viver. Quero que o meu País condene actos (actos!) condenáveis, mas permita ideias sejam elas agradáveis ou não.

      • Não discordo, mas onde isso já vai… ninguém aqui falou em partidos e, muito menos, em probir partidos!…
        O limite da tolerância é a lei/ordem e esse “herói”, como sabemos, é um criminoso cadastrado que anda sempre no limite (ou fora) da lei, daí o comentário do atento…

        A minha ‘”ideia” é que se esse (e outros como ele) ficarem lá pela Ucrânia a servir de fertilizante, toda a Humanidade fica a ganhar….

      • Sr. ……js . A LIBERDADE não é nenhuma esfregona para limpar o chão . Deve sim , ser respeitada e consenti-la a quem a respeita , o que como sabemos todos não é o caso deste Individuo , que já deu provas de aquilo que é . Se o Sr. se identifica com a Ideologia Neo Nazi desta CRIATURA ou pior ainda se a legitima , aproveite e junte-se a Ele nesta viagem turística . Claro que quinze Dias é pouco , caso não compareça na Esquadra nesse prazo , é a choça que o espera !……. A não ser que por lá fique , nesse caso a maioria dos Portugueses não ficarão com saudades deste Extremista !

  3. É preciso não esquecer o princípio que diz que a nossa liberdade acaba onde começa a do outro. Portanto há limites para tanta liberdade! Ainda por cima foi concedida por uma juíza! Ela estava condicionada, ela a liberdade é claro!

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