No grupo resgatado não há crianças e todos os indivíduos estão aparentemente bem de saúde.
A Marinha portuguesa resgatou esta manhã 37 pessoas, que se encontravam numa embarcação de madeira com sete metros ao largo do Algarve, entre a zona de Tavira e de Vila Real de Santo António, a cerca de 47 milhas náuticas da costa. Na operação estiveram envolvidas a corveta António Enes e as lanchas de fiscalização rápida Pégado e Sagitário.
O alerta que despoletou a operação foi recebido no final do dia de ontem no Centro de Coordenação de Busca e Salvamento de Lisboa, com a notificação a ter partido de um “navio mercante que navegava na área“, revelou fonte da Marinha.
Ao semanário Expresso, a Marinha esclareceu que não existiam crianças a bordo da embarcação, com todos os indivíduos resgatados a não apresentarem condições que pareçam exigir “cuidados de maior”.
Numa nota publicada na página oficial, é possível ler que “o navio da Marinha dirige-se agora para o Ponto de Apoio Naval de Portimão, onde se prevê que chegue durante esta tarde”. À espera da embarcação estarão agentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
À agência Lusa, Fernando Rocha Pacheco, comandante da Zona Marítima do Sul, afirmou que a nacionalidade dos tripulantes ainda não foi verificada, havendo suspeitas de que sejam marroquinos.
Em comunicado, o SEF adianta que aos migrantes, “alegadamente oriundos do Norte de África”, será assegurada a realização dos testes à covid-19 “e garantida a assistência humanitária, em particular as necessidades básicas de alimentação e assistência médica”.
O organismo, em conjunto com a Unidade de Controlo Costeiro da Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública, está a desenvolver “todos os procedimentos previstos nestas situações, em articulação com a Autoridade Nacional de Proteção Civil”.
O comunicado afirma ainda que serão promovidas pelo SEF “todas as diligências necessárias para avaliação da situação e promoção das medidas adequadas ao caso”.