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Aumento de avistamentos de OVNIS leva Marinha dos EUA a estabelecer protocolo de ação

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O aumento de avistamentos de objetos voadores não identificados em áreas controladas pelo Exército norte-americano levou a Marinha a estabelecer um novo protocolo de ação.

Será que estamos sozinhos no Universo? Esta questão tem vindo a ser debatida há séculos, mas ganhou mais um novo capítulo depois de oficiais da Marinha norte-americana terem registado o avistamento de aeronaves não identificadas, de tecnologia muito avançada.

Vários militares têm feito relatos sobre avistamentos em espaços aéreos protegidos ou perto de formações militares de objetos não identificados, e o assunto não tem sido ignorado pela Marinha norte-americana. Segundo o Politico, este órgão está a criar um novo protocolo que deve ser seguido pelos militares quando tiverem de reportar um avistamento sinistro.

A intenção da Marinha não é legitimar estes alegados avistamentos, mas sim criar uma forma de protocolar estes casos e de os encaminhar para análise. As autoridades estão atualmente a trabalhar no esboço das novas diretrizes que deverão ser seguidas pelos pilotos ou outros profissionais que observarem fenómenos aéreos inexplicáveis.

“Há registo de várias situações nas quais foram vistas aeronaves não identificadas que entram em vários perímetros controlados por militares”, afirmou a Marinha dos Estados Unidos ao Politico. “Por prevenção, a Marinha americana considera que estas situações merecem ser investigadas sempre que ocorrem. Por esse motivo, irá melhorar o processo que permite denunciar incursões suspeitas.”

Desde que se soube, há alguns anos, que o Governo norte-americano financiou um programa secreto para investigar OVNIs entre 2007 e 2012, o interesse dos congressistas em ter acesso a informações mais detalhadas aumentou. O Congresso Americano quer zelar pela “segurança na aviação militar“, salienta o matutino.

A verdade é que a Marinha recebeu várias críticas por não dar importância a este tipo de relatos e por incentivar uma política segundo a qual os militares acreditam que se falarem sobre o assunto, poderão ver a sua carreira prejudicada.

Chris Mellon, um responsável no Comité de Inteligência do Senado norte-americano, disse ao The Washington Post que o protocolo atual consiste em ignorar anomalias detetadas, ao invés de serem exploradas. “Em muitos casos, o pessoal militar não sabe o que fazer com essa informação, como dados de satélite, por exemplo. Os militares ignoram os dados por não se tratar de um avião ou de um míssil tradicional.”

É precisamente para evitar este tipo de situações que a Marinha propõe atualizar e formalizar o processo de informação sobre incursões suspeitas.

Os OVNIs têm sido um assunto na ordem do dia nos Estados Unidos. Em 2017, o New York Times noticiou um misterioso programa de investigação de OVNIs – Advanced Aerospace Threat Identification Program (AATIP) – realizado pelo Pentágono.

O jornal avança que, no mesmo ano, dos 600 mil milhões de dólares (aproximadamente 535 mil milhões de euros) do Orçamento de Estado norte-americano, 22 milhões de dólares (cerca de 19,6 milhões de euros) eram entregues ao programa de identificação de ameaças do espaço aéreo.

ZAP //

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