Marido de Isabel dos Santos condenado a um ano de prisão no Congo

Isabel dos Santos / Instagram

Isabel dos Santos e o marido Sindika Dokolo no Dubai.

Isabel dos Santos e o marido, Sindika Dokolo, no Dubai.

O empresário Sindika Dokolo, marido de Isabel dos Santos e genro do Presidente angolano José Eduardo dos Santos foi acusado de fraude no setor imobiliário e acredita que a condenação tem motivações políticas.

O marido de Isabel dos Santos afirmou na quinta-feira que foi condenado, por fraude no mercado imobiliário, a um ano de prisão na República Democrática do Congo. Este episódio, aliado à instabilidade política que se vive no Congo, poderá afetar a relação entre os dois países vizinhos – Angola e a República Democrática do Congo.

Dokolo nasceu no antigo Zaire e é colecionador de arte. É um forte opositor do Presidente da República Democrática do Congo, por isso acredita que a sua sentença tem por base motivações políticas.

“Esta condenação é tão bruta. Parece que o Kabila e a ANR – serviços secretos – já não estão sequer preocupados com as aparências”, afirmou Sindika Dokolo, citado pelo Público.

“Acabo de inaugurar uma fábrica de 400 milhões de dólares, J Kabila – o Presidente da República Democrática do Congo – condena-me a um ano de prisão por uma parcela de terreno”, considera Sindika Dokolo, assim como que “não é credível” que o condenem por ter roubado um milhão quando investiu 400 milhões na fábrica – mais de 340 milhões de euros.

Sindika Dokolo refere-se a uma nova unidade fabril de cimento angolana, inaugurada na quarta-feira. “O oficial de Justiça que me convocou não existe na lista do tribunal. Sem justiça, não há desenvolvimentos”, disse.

Também o líder da oposição congolesa, Moise Katumbi, foi condenado no mês passado por fraude no sector imobiliário, algum tempo depois de ter anunciado a sua candidatura para substituir o Presidente Kabila.

As eleições estavam inicialmente marcadas para Novembro do ano passado, mas foram adiadas em diversas ocasiões, levando a manifestações violentas nas ruas que já provocaram a morte a dezenas de pessoas. O Governo justifica que os adiamentos são causados por problemas no registo dos milhões de eleitores mas a oposição acusa Joseph Kabila de se estar a agarrar ao poder.

ZAP //

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