Na base da alteração está uma proibição implementada pelo governo norte-americano de alguns óleos que costumavam integrar a composição da margarina e que, perante a sua ausência, tornaram o alimento mais saudável.
Ao longo dos anos, a margarina ganhou fama de ser um alimento mau para a saúde devido aos óleos que costumava conter. No entanto, uma diretiva do governo norte americano, que previa precisamente a proibição destes óleos na substância, pode tê-la tornado mais saudável que a própria manteiga.
Em causa estavam elementos ricos em gorduras trans e que causam um aumento do chamado colesterol mau e a diminuição do bom. Em último caso, a ingestão destes elementos podem resultar em doenças cardíacas, enfartes e diabetes tipo 2.
“As margarinas são uma opção melhor do que a manteiga para os problemas de saúde, sobretudo as líquidas e as de barra”, explica Cacily Weber, uma das investigadores do estudo e dietista na Escola de Saúde Pública da Universidade do Minnesota, em Minneapolis.
A equipa responsável pelo estudo também descobriu que os “produtos de margarina e de mistura de manteiga contêm menos gordura saturada e mais gordura não saturada do que a manteiga normal”.
Os investigadores consideraram os seus resultados “uma história de sucesso da saúde pública”.
“É mais fácil para os consumidores norte-americanos fazerem escolhas mais saudáveis para o seu coração porque já não têm de se preocupar com verificar os rótulos com o objetivo de encontrar óleos parcialmente hidrogenados para gordura trans — porque estes produtos simplesmente não os têm.
Para a investigação — que, ressalvam os investigadores, não teve financiamento de empresas produtoras de margarina —, a equipa examinou o teor de ácidos gordos de 83 margarinas, misturas de margarinas e manteiga vendidas nos Estados Unidos, procedendo, posteriormente, à comparação dos resultados com a manteiga.
Uma das suas conclusões, como referido anteriormente, foi que, depois da proibição implementada pelo governo, a margarina e as misturas de manteiga tiveram uma redução substancial de gordura saturada e colesterol, isto quando comparadas com a manteiga. Estes produtos, nota o site Webmd, também não continham gordura trans que tenha sido produzida pelo homem.
A autora principal da investigação — publicada no Public Health Nutrition — ressalva que, apesar de as margarinas produzidas nos Estados Unidos se terem tornado mais saudáveis, estas devem, ainda assim, ser produzidas com moderação.
“Ao passo que as margarinas são uma melhor opção para a saúde cardíaca, estas devem ser consumidas com moderação, pois ainda contêm alguma densidade energética, ou seja, contêm uma grande quantidade de calorias por porção de tamanho”, explicou Cacily Weber.
Estudo financiado por indústria alimentar americana do costume…