José Sena Goulão / LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante o 10 de Junho
Portugal não está muito polarizado e a democracia não está em causa. Ausência de Gouveia e Melo não foi estranha.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou que haja excessiva polarização política em Portugal, considerando que há diferentes pontos de vista, mas sem que a liberdade e a democracia estejam em causa.
“O país não se pode dizer que esteja muito polarizado. Os portugueses polarizados estavam, porventura, quando houve a sucessão de regimes, monarquia e república, quando houve o problema de ditadura e democracia”, declarou o chefe de Estado à comunicação social, em Lagos.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, nesses períodos históricos, sim, houve “polarizações totais”, mas o contexto interno atual não é extremado nem coloca em causa a democracia.
“Agora, dentro da democracia, haver vários pontos de vista, sem que nenhum deles coloque em causa a liberdade e a democracia, temos de admitir que é muito boa notícia quando olhamos para o mundo e há mais ditaduras no mundo do que democracias“, considerou.
Marcelo Rebelo de Sousa falava à comunicação social enquanto caminhava a pé, na Avenida dos Descobrimentos, em Lagos, no distrito de Faro, no fim da cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Interrogado se o incomodava que um candidato presidencial, o anterior chefe do Estado-Maior da Armada, Henrique Gouveia e Melo, tivesse tido agenda (estava na habitual cerimónia de homenagem aos ex-combatentes da Guerra Colonial, em Lisboa) enquanto decorria esta cerimónia do 10 de Junho, o chefe de Estado respondeu que “os candidatos têm de fazer pela vida“.
“Então no Dia de Portugal era estranho que não houvesse ou candidatos que viessem à cerimónia do Dia de Portugal ou candidatos que fossem a outra cerimónia, não podendo vir cá”, acrescentou, fazendo alusão à presença de outro candidato presidencial, o antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes, em Lagos.
Questionado sobre o passado colonial de Portugal, que a escritora e conselheira de Estado Lídia Jorge abordou no seu discurso do 10 de Junho, e se falta assumir culpas, Marcelo Rebelo de Sousa desdramatizou o assunto e até fez uma referência à recente vitória da seleção portuguesa de futebol, no domingo à noite, contra a Espanha, na final da Liga das Nações.
“Nós portugueses, ao mesmo tempo que reconhecemos os méritos, também reconhecemos que há coisas que correram mal na nossa vida interna, nas nossas relações externas. É assim, não há ninguém sem defeitos, é humano ter defeitos. Agora, o que é importante é ter qualidades em momentos fundamentais, e ainda no outro dia se viu, há dois dias, que em momentos cruciais nós temos as qualidades suficientes para ganhar”, referiu.
Sair “de levezinho”
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que tenciona “sair de levezinho” do cargo de Presidente da República e, quando cessar funções, deixar de intervir politicamente, mas ir a todas as cerimónias oficiais como ex-chefe do Estado.
Numa espécie de balanço dos seus mandatos, a propósito do 10 de Junho, Marcelo Rebelo de Sousa explicou como tenciona sair do exercício do cargo: “Sair de levezinho, ir saindo. Ir saindo e dando o palco, exceto naquilo em que o Presidente tem de ser Presidente”.
O chefe de Estado referiu que ainda irá às cerimónias do 25 de Novembro na Assembleia da República e dos 40 anos da integração europeia e tem visitas ao estrangeiro, várias das quais para comemorações dos 50 anos de independência de países africanos antigas colónias portuguesas.
“Mas tirando isso, em que tem de ser o Presidente da República, ir saindo de forma leve para deixar aos candidatos e candidatas quer às autárquicas, mas sobretudo às presidenciais, o espaço que eles devem ter”, acrescentou.
Interrogado sobre como será o seu próximo 10 de Junho, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Ai, o meu é muito simples. Eu digo como vai ser a minha vida a partir do dia 9 de março ao meio-dia, aí entre e meio-dia e a uma”.
“Vai ser assim: não intervir politicamente, mesmo nada, não intervir, não dar entrevistas, não falar, não comentar, não fazer artigos, não fazer conferências sobre política, nomeadamente política portuguesa. Segundo, ir às cerimónias oficiais, todas, a menos que não possa, esteja impossibilitado”, descreveu.
Marcelo Rebelo de Sousa prometeu marcar presença nas cerimónias oficiais do 25 de Abril, do 10 de Junho e do 5 de Outubro, entre outras: “Onde for, eu lá estarei”.
Depois, realçou o lugar que cabe aos antigos presidentes da República na lista de precedências do Protocolo do Estado: “Ex-chefe de Estado tem um lugar que é normalmente ali antes dos ministros e antes do líder da oposição, anda por aí, a seguir aos presidentes dos tribunais”.
“Portanto, cerimónias desse tipo, lá estarei, sou convidado, cerimónias de Estado pela vinda de chefe de Estado estrangeiros. Ponto final parágrafo”, comentou.
O Presidente da República, que vai terminar o seu segundo mandato daqui a nove meses, em 9 de março de 2026, até sentiu um “virar de página” quando condecorou Ramalho Eanes.
Marcelo admitiu que se pode ter sentido um pouco emocionado nesse momento de homenagem. E também viu um Ramalho Eanes emocionado: “Ao condecorá-lo, ele estava muito emocionado. Eu não sei se estava um bocadinho também. E, ao condecorá-lo, eu senti que era um virar de página, de facto – o que é bom“.
ZAP // Lusa
O seu discurso no dia de Portugal e Camões, foi um discurso de traição á Pátria. É o pior PR desde o 25 de Abril 1974.
Subscrevo o seu comentário.
Subscrevo, Portugal está nas mãos de populistas, como nunca esteve desde o 25 de Abril.
Até o 25 de Abril de 1974 é que os PR eram bons, certo?
Enfim…..
Não só o pior presidente de sempre, mas até o pior político de sempre! Uma total desilusão e eu até votei nela na primeira eleição. Isto, sabendo que houve péssimos políticos, mas ainda assim, ele ganhou.
e a beijar sem máscara a espalhar germes (hahaha)
Como é que alguém que nunca existiu, só apareceu para fazer m***e***r**d***a, lesou o Povo Português que trabalha!!!
Ainda tem moral e coragem de aparecer na TV, e trair o povo da forma vil que o fez no discurso do dia de Portugal???????????
E quem encomendou aquele discurso parvo, vazio de significado, mas cheio de traição daquela senhora, Lídia Jorge,??????? Se fosse dia 1 de Abril, até se aceitava…….e mesmo assim………..
Adeus, vai-te embora, agora que menos falta cá fazes. Não voltes!!!!!
Nunca me senti representado por tão sinistra figura, pelo contrário senti-me traído, roubado, o povo não esquece o caso das gémeas brasileiras, o tribunal pode dizer as asneiras e mentiras que quiser, não enganam ninguém…..
Tchau!!!! Já ontem era tarde……
D.Afonso – o consquistador
D. Sancho – o Povoador
…
D. Dinis – o Lavrador
…
Marcelo – o palhaço
Não me reconheço , como Português no discurso dos dois protagonistas nas Pessoas do Sr. P.R e da Sra. C.E . Lamento , mas não se trata de uma questão de “Sangue puro” , todos os sítios do Mundo são habitados por nativos com antecedentes Seculares de diversas origens na data de hoje . É sim , mais uma questão de Identidade e Cultura , O continente Europeu , é essencialmente de Cultura Judeo-Cristã , qualquer País Ocidental é Soberano da sua Cultura , Lei e Constituição . Infelizmente , está mais que visto que , direitos e deveres devem ser prerrogativas inalienáveis . Por outro lado , a questão de Imigração legal , está fora de controle . Não só os Immigrantes são vergonhosamente explorados por os traficantes nos Países de Origem e uma vez cá são novamente deixados ao Deus dará e novamente explorados por serem ilegais e serem mão de obra “Low-cost” . Basta ter consciência e constatar que a zona Litoral de Portugal , está sobrelotada de “refugiados” por razões Socioeconómicas que sofrem nos Países de origem . Isto dito , num pequeno País como o nosso , quando o saco está cheio , acaba por rebentar , e para estes necessitados sobreviver tudo valerá !……
Não existe nem nunca existiu cultura “judaico-cristã”, esse conceito nem sequer existe é uma mentira, a Cultura e Civilização da Europa é Greco-Romana e Cristã.