A bicada de Marcelo a… Marcelo: recuemos a Tires, 2017

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Presidente da República acha que os políticos não devem estar onde não são chamados. Mas o próprio terá sido retirado pelos bombeiros.

As declarações de Marcelo Rebelo de Sousa não preenchem noticiários, desta vez. Entre incêndios e esfaqueamento na escola, as suas frases passaram a ser algo acessório nesta semana.

No entanto, não passou despercebido um conselho do presidente da República depois de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros sobre a situação dos incêndios.

“Por muito que as autoridades políticas sintam quase uma obrigação moral de ir mais perto daquilo que se passa… Para respeitar o que estão a fazer os operacionais, devem acompanhar tudo que se passa, mas não intervirem onde não devem, nem são chamadas“.

Luís Montenegro estava ali ao lado e parece ter ficado incomodado. Terá sido um recado sobre o facto de o primeiro-ministro ter ido ao Rio Douro, mesmo ao local da queda do helicóptero, ainda durante as buscas iniciais.

Mas, como se sabe, Marcelo Rebelo de Sousa é aquele político que está “em todo o lado e ao mesmo tempo”. Há muitos exemplos.

E não é só agora: Abril de 2017 – cinco mortos devido à queda de uma avioneta em Tires. De manhã. À hora de almoço, o presidente da República já estava no local da tragédia.

“Estava próximo”, justificou Marcelo, na altura. “Devia, estando ali ao lado, estar presente naquele momento que podia ter sido muito pior”.

Na altura, foi apelidado de “mirone” na TVI. “Parece que Marcelo chegou antes do INEM”, ironizou João Miguel Tavares.

Tal como lembrou um comentador do ZAP, os bombeiros mandaram mesmo retirar o chefe de Estado daquela zona, para não atrapalhar as operações.

Ou seja, a “bicada” de Marcelo também era sobre Marcelo.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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