Marcelo rejeita “situação crítica ou grave” do seu estado de saúde

José Sena Goulão / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou haver “alguma situação crítica ou grave” com o seu estado de saúde, depois de ter feito depender uma recandidatura ao cargo de exames médicos que fará em breve.

“Não há nenhuma situação crítica ou grave, senão eu teria dito porque é de interesse público”, afirmou esta sexta-feira Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas portugueses, em Atenas, cidade à qual se deslocou para participar no 15.º encontro informal do Grupo de Arraiolos com homólogos da União Europeia.

Um dia após ter sido divulgado que o chefe de Estado português será submetido dentro de três ou seis semanas a um cateterismo por prevenção, Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que “o estado de saúde de um Presidente, tal como a sua situação económica e financeira, é de interesse público”.

Ainda que tenha garantido sentir-se “otimamente” e que não vai mudar a agenda prevista, o Presidente da República concluiu que é “melhor prevenir do que remediar”.

Esta quinta-feira a SIC transmitiu parte de uma entrevista com Marcelo Rebelo de Sousa, na qual o Presidente da República condiciona uma eventual recandidatura à Presidência a um exame médico que fará nas próximas semanas.

Os exames genericamente estão bem, mas restou a uma dúvida que vai obrigar a um novo exame. Vou ter que fazer daqui a umas semanas um cateterismo”, revelou. Fonte da Presidência revelou ao Correio da Manhã que o cateterismo será realizado numa veia no coração, frisando, contudo, que não se trata de um problema do foro cardíaco.

“O meu avó era cardíaco, o meu pai era cardíaco, os meus irmãos acham que não mas são cardíacos – enfim, vivem felizes, são mais novos do que eu. Enfim, achei que devia fazer exames também em matéria cardíaca. A minha hipocondria mandou fazer. E fiz e genericamente estão bem, mas restaram dúvidas que obrigam a um novo exame”.

O cateterismo servirá, explicou o Presidente da República, “para ver, não no coração, não em tudo que é fundamental, a começar nas carótidas para a irrigação do cérebro – a cabecinha é fundamental para esta função -, mas para ver em relação a um determinado vaso sanguíneo em que há acumulação de cálcio se essa acumulação está ou não num grau que é excessivo e o que é que isso significa”.

A entrevista com o Chefe de Estado, que foi conduzida por Daniel Oliveira no programa “Alta Definição”, vai para o ar na integra no próximo sábado.

ZAP // Lusa

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