Marcelo deixou Pedro Nuno perplexo – e houve novo recado para Costa e Medina

Antigo ministro volta a não estar de acordo, nem com António Costa, nem com Fernando Medina. Ministro das Finanças deveria falar com médicos.

Pedro Nuno Santos volta a não estar de acordo com António Costa. Desta vez sobre os problemas na Saúde e a falta de entendimento entre Governo e médicos.

O antigo ministro das Infraestruturas disse na SIC Notícias que tem “dificuldades em acreditar” que a parte financeira não esteja no centro dessa falta de entendimento.

Para António Costa e para Fernando Medina, o problema-chave nestas negociações é a falta crónica da médicos.

Para Pedro Nuno, o problema-chave é o dinheiro: “O que está em causa há pelo menos 18 meses é dinheiro e a grelha salarial, tudo tem um custo financeiro”.

Por isso, Fernando Medina – ou alguém do seu ministério – deveria falar com os médicos: “Se o problema for político, resolve-se facilmente. Se for financeiro, um envolvimento maior do Ministério das Finanças é imprescindível. Espero que alguém do Ministério das Finanças esteja a acompanhar as negociações”.

Pedro Nuno Santos reforça que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, não pode ser deixado sozinho. Se há matéria em que o primeiro-ministro e o ministro das Finanças se devem envolver, é nesta matéria”, sugeriu, revelando que, enquanto foi ministro das Infraestruturas, quando havia conversas com um representante das Finanças como intermediário, os entendimentos eram sempre “muito mais fáceis”.

Perplexo com Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa disse ao chefe da missão diplomática da Palestina em Portugal: “Desta vez foi alguém do vosso lado que começou (a guerra). Não deviam”.

Pedro Nuno Santos sentiu “alguma perplexidade e preocupação” por causa destas palavras do presidente da República.

“As declarações do Presidente da República são preocupantes, não só pelo conteúdo, mas pela forma. O tom paternalista, a ligeireza… O Presidente da República não pode tratar um tema desta complexidade daquela maneira”, avisou o ex-ministro.

Pedro Nuno Santos tem noção de que Marcelo tem aproximado eleitos e eleitores mas já ultrapassou “várias vezes” a fronteira “muito ténue” entre o “estar à vontade e o estar à vontadinha”.