Marcelo na Web Summit: “Estamos a começar um novo ciclo”

Web Summit / Flickr

Marcelo Rebelo de Sousa com Paddy Cosgrave

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit

O Presidente da República encerrou, esta quinta-feira, a edição deste ano da Web Summit, que começou na segunda-feira em Lisboa. 

“Estamos a começar um novo ciclo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, durante o discurso de encerramento da edição deste ano da Web Summit, que decorreu entre segunda e quinta-feira, em Lisboa.

Depois de um forte aperto de mão a Paddy Cosgrave, empreendedor e fundador do certame tecnológico, algo que há um ano não foi possível, como explicou, por causa da pandemia da covid-19, o chefe de Estado referiu que no ciclo em que o planeta está a entrar é preciso “muito mais do que esperança” no futuro.

“Temos de lutar por essa esperança. Temos de lutar por algo que é vital, para superar a pandemia, esta exaustiva pandemia. Lutar pela vida, lutar pelos cuidados de saúde, mas lutar também pela recuperação económica e inclusão social”, prosseguiu.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que “o mundo inteiro tem de recuperar” e colocar os olhos no futuro, em particular, na “luta da ação climática”.

O Presidente da República acrescentou que “foi com prazer” que viu a declaração internacional de proteção das maiores áreas florestais do planeta, que demonstrou que “não são apenas palavras, mas factos” o que está a ser feito na COP26.

Ainda sobre esta batalha pelo futuro, o chefe de Estado criticou os que pouco fazem por ela e os que não acreditam que seja uma luta pelo futuro.

“Sabemos que é difícil [combater em pleno as alterações climáticas]. Há sempre negacionistas, aquelas que contestam as alterações climáticas. Haverá sempre aqueles com visão de curto prazo, que acham que é [um desafio] demasiado grande, muito caro, muito difícil, preferiam ficar onde estão. Nós temos de lutar por mais e rapidamente“, sustentou.

A “revolução digital” que acompanhará o esforço para mitigar as alterações climáticas está nas mãos da juventude.

“Não depende dos Presidentes, dos primeiros-ministros, dos Parlamentos… Não, depende de vocês, dos milhares e milhares de jovens. Vocês fazem a diferença. Vocês é que mudam o mundo e têm de mudá-lo”, referiu, apontando para os jovens na plateia.

Esta mudança, sustentou, “é aquilo a que poderemos chamar o pós-pandemia”, que começa “aqui em Lisboa e pode espalhar-se pelo mundo”.

“Não é por acaso que uma das vencedoras da competição Pitch é uma startup portuguesa, do Porto (…). Agora temos de enfrentar o futuro”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa também enalteceu a presença dos 43 mil participantes na edição deste ano da Web Summit, mas deixou o desejo de ultrapassar os 70 mil de 2019 e de chegar, em 2022, aos 100 mil.

“Este ano estamos apenas a começar esse novo ciclo. No próximo ano a esperança tornar-se-á realidade e depois estaremos cá, ano após ano, até mudarmos o mundo, tornando-o mais justo, com menos pobreza, menos injustiças, menos desigualdades. Prestem atenção às alterações climáticas, às pessoas. A Web Summit é sobre pessoas, não é sobre o digital”, finalizou.

O discurso de encerramento da cimeira tecnológica antecedeu o discurso, no Palácio de Belém, em que o chefe de Estado anunciou a dissolução do Parlamento e que o país vai a votos no dia 30 de janeiro do próximo ano.

// Lusa

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