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“Dia histórico”. Marcelo prevê fim das restrições para junho

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ppdpsd / Flickr

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou aos jornalistas após visitar a Escola Básica Francisco de Arruda, em Lisboa, e referiu-se ao mês de abril como “decisivo” no cumprimento do plano de desconfinamento, considerando esta segunda-feira um dia “histórico”.

“À sua maneira, é um dia histórico”, começou por dizer Marcelo Rebelo de Sousa, após testemunhar a abertura das escolas do segundo e terceiro ciclo, em Lisboa.

É um virar de página que se espera ser irreversível, o que é bom para todos: famílias, professores, todos os que trabalham na comunidade educativa, diretores, mas sobretudo para as crianças e jovens do nosso país”, referiu.

“É completamente diferente o ensino à distância do ensino presencial”, frisou ainda o Presidente da República, que contou alguns desabafos que ouviu aos estudantes.

Usando o lema do agrupamento de escolas, Marcelo alargou-o à reabertura dos restantes setores, escreve a TVI24. “O lema ‘de todos para todos’ desta escola deve ser visto como o lema do processo de desconfinamento”, disse, adiantando que Portugal está a viver o desconfinamento “mais cedo do que outros países da Europa”.

“Peço que engrenem no esforço nacional para que no dia 19 seja mais de um milhão e meio de alunos a regressar. Este é um esforço conjunto, acreditando numa abertura para o futuro. Estamos hoje a construir futuro”, rematou o Presidente, referindo-se ao regresso do ensino presencial para os alunos do Secundário, previsto para dia 19.

Mas não ficou por aí. Segundo o Observador, Marcelo considerou que está “é uma nova primavera: é a primavera como estação do ano mas a primavera em Portugal, a primavera nas escolas. É a vida a manifestar-se em toda a sua plenitude”.

Para o Presidente da República, o objetivo no combate à pandemia é chegar a maio e junho com as medidas de desconfinamento já ultrapassadas.

Ninguém “quer voltar para trás”, mas “olhar para a frente” significa contar com a ajuda de todos os setores, disse ainda, referindo que o mês de abril é o mais decisivo no plano de desconfinamento.

Questionado sobre as hipóteses avançadas por alguns especialistas de que a meio de abril pode chegar uma quarta vaga mais suave, o Presidente garante que os portugueses têm feito o “esforço”, incluindo na Páscoa, e que o continuarão a fazer nas próximas semanas, respeitando as regras.

“Isto é feito dia a dia, permanentemente. Passa pelo comportamento de todos, em particular no mês de abril. É em abril que se consolida este processo do desconfinamento. Se correr bem, quando chegarmos a maio e depois a junho já teremos ultrapassado aquilo que é o plano de desconfinamento”, disse.

De acordo com o SAPO24, Marcelo Rebelo de Sousa confirmou também que no dia 16 vai receber uma equipa do governo em Belém, incluindo o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, de forma a “expor como é que o governo vê o processo, quando se aproxima o instante em que Portugal apresentará à Comissão Europeia a versão definitiva do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]”.

“Isto é feito dia a dia, permanentemente”, disse. “Nós todos queremos que o processo de abertura das escolas continue, [que a] abertura da atividade económica continue e a abertura da sociedade continue”.

Ministro da Educação avisa: “A etapa seguinte só pode começar após a conclusão desta”

“Hoje é um dia especial”, disse o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que acompanhou Marcelo Rebelo de Sousa na visita à escola lisboeta.

“Hoje temos mais um passo neste andar por etapas. É importante termos consciência real de que cada etapa seguinte só pode ser conseguida quando concluímos cada uma das etapas até ao fim e com um espírito ganhador”, afirmou Brandão Rodrigues.

O ministro chamou ainda a atenção para o cumprimento de medidas como a higienização dos espaços e o uso de máscaras, mas também para novas estratégias, como a testagem.

Congratulando-se com o processo de testagem massiva nas escolas posto em prática esta semana, Brandão Rodrigues salientou que, nos concelhos com incidência com mais de 120 novos casos por 100 mil habitantes, esta operação repetir-se-á.

Além disso, o processo de desconfinamento da educação, que deverá culminar no dia 19 com a total abertura dos estabelecimentos de ensino, tem etapas e “a etapa seguinte só pode começar após a conclusão desta”.

Sofia Teixeira Santos, ZAP //

4 Comments

  1. A situação pandémica é muito difícil de controlar, como estamos a ver nos nossos parceiros europeus. Vai demorar tempo. À medida que a vacinação for avançando a situação deverá melhorar, mas os constrangimentos hão de prosseguir ainda durante tempo indeterminado. Ainda subsistem muitas incógnitas, sobretudo no que respeita ao tempo de imunidade conferido pelas vacinas. Provavelmente termos de ser vacinados todos os anos e as vacinas não curam apenas protegem das consequências mais graves do contágio.

  2. É… Se o impossivel acontecer, ou seja, se as vacinas vierem todas bem depressa (num espaço máximo de um mês, ou menos) é capaz de ser possível. Caso contrário, e se tudo correr bem, lá para o fim do ano…
    De qualquer forma, este Marcelo continua a viver num mundo de fantasia (o mesmo do Passos Coelho). Pede aos portugueses contenção sensatez e responsabilidade e é o primeiro a furar tudo, com várias “visitas” que proporcionam ajuntamentos que ele próprio defende que temos de evitar.
    Só mesmo quem não vive na realidade é capaz de imaginar que será possivel o “fim das restrições para junho”.
    Ainda há pouco fui á rua. Não para passear mas para ir buscar comida. O que vi foi absolutamente pavoroso. A movimento na rua não parecia um dia normal, (pré-pandemia) não… Parecia um dia de férias!!! Eu antes dizia (escrevia) que o povo era irresponsável. Estava bem enganado. O povo é louco! E está a pôr-me louco!

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