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“A faca e o queijo estão na mão do Presidente.” Marcelo afasta dissolução do Parlamento

António Cotrim / Lusa

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

“A faca e o queijo estão na mão do Presidente”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, afastando uma crise política e a possibilidade de uma dissolução do Parlamento.

Este domingo, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a afastar uma eventual crise política e rejeitou a possibilidade de uma dissolução do Parlamento. “Não haverá dissolução da Assembleia da República”, disse o Presidente da República, depois de ter feito o mesmo aviso a 27 de agosto.

A faca e o queijo estão na mão do Presidente. O Presidente ouve com atenção o que várias pessoas dizem se há crise ou se não há crise. Mas crise que envolva a dissolução não haverá. Depende do Presidente da República, não depende de mais ninguém”, afirmou durante uma visita a Monchique, distrito de Faro, citado pelo Jornal Económico.

Da mesma forma, Marcelo recusa fazer “antecipações sobre dissoluções a fazer sobre quem vier a ser eleito em janeiro”, isto é, o que pensará o Presidente da República que sair das eleições presidenciais de janeiro de 2021.

“Não contem que o Presidente comece a especular: ‘agora não [crise política], mas lá para maio ou junho do ano que vem’. Isso é uma decisão do Presidente que for eleito em janeiro tomará. O bom senso impõe que não esteja a anunciar uma crise a oito meses de distância, isso é uma coisa que não existe”, disse.

No mesmo dia, quando questionado sobre as declarações do primeiro-ministro, que considerou que se Marcelo não se recandidatar seria um “problema grave”, o Presidente disse que a decisão cabe ser tomada pelo “cidadão Marcelo Rebelo de Sousa”.

“Não será certamente antes do momento em que foi com os outros presidentes. Nenhum Presidente com eleições em janeiro, anunciou antes de outubro, e em muitos casos no final de outubro”, afirmou.

“Neste momento temos uma circunstância especial chamada pandemia, ninguém sabe como vai correr. Portugal precisa de um Presidente da República, que vete, tome decisões, que diga que não há dissolução, que tenha posições claras, sobre questões claras e importantes, não de um candidato a candidato”, acrescentou.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, há muitos riscos associados ao anunciou prematuro de uma eventual recandidatura. “Se de repente um Presidente diz prematuramente que não se candidata, perde o peso que tem. Se disser que se candidata antes do tempo, em vez de decidir em nome do Estado decide em nome de uma campanha eleitoral.”

“Querendo, vamos ver se essa e a decisão do cidadão Marcelo Rebelo de Sousa”, rematou.

ZAP //

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