Exposição sobre a icónica obra infantil e o seu autor conta com objetos cedidos pelo Morgan Library and Museum, a quem a amante do francês cedeu alguns dos manuscritos.
O manuscrito da icônica obra “O Principezinho” vai regressar pela primeira vez a França no âmbito de uma exposição sobre o seu autor, Antoine de Saint-Exupery, mas também sobre o processo de conclusão da história, nomeadamente através de uma carta endereçada à sua mulher na qual o piloto partilha a sua ideia sobre uma “criança que descobre um tesouro e se torna melancólica”.
Os visitantes têm também acesso a esboços que mostram o Princepezinho com um cão, um periquito e um caracol, em vez da raposa que figura na história.
Antoine de Saint-Exupery escreveu a famosa história nos Estados Unidos, em 1942, após ter deixado França como consequência da invasão nazi.
No ano seguinte, seguiu para o norte de África para integrar a fonte de combatem tendo deixado os seus manuscritos com a sua amante, a jornalista Sylvia Hamilton, que os vender ao Morgan Library and Museum em 1968.
O autor desapareceu durante uma missão no Mediterrâneo em julho de 1944 sem saber do sucesso mundial que o seu livro teria – na altura havia sido publicado unicamente nos Estados Unidos.
Para além de autor, o piloto foi também responsável pelas ilustrações do livro.
Da exposição, que estará patente até julho no Museu das Artes Decorativas de Paris, constam também as aguarelas originais do asteróide, que representa o Principezinho, pintadas pelo próprio Anoite de Saint-Exupery, mas também outras onde se pode ver a personagem com o seu famoso longo casaco vermelho.
Aos meios de comunicação social, Anne Monier-Vanryb, a responsável pela exposição, afirmou que através dos objetos expostos “a personagem e o autor acabam por se confundir“.
“É emocionante ver como Saint-Exupery precisava de desenhar para se expressar. Ele é conhecido escritor e aviador, mas aqui descobrimo-lo também como ilustrador”, descreve a responsável.
