Treinador com muita experiência na primeira divisão nacional regressa à Madeira. A primeira passagem pelo comando técnico do Nacional aconteceu em 2005.
É um cenário pouco habitual nos principais campeonatos de futebol em Portugal: um treinador vai orientar uma equipa pela quarta vez. Acontece com Manuel Machado, que nesta terça-feira foi apresentado (pela quarta vez) como treinador do Nacional.
O sucessor de Luís Freire quer manter o emblema madeirense na I Liga, em época de regresso ao primeiro escalão, numa luta que ainda envolve nove equipas, a menos de dois meses do final da prova.
O treinador de Guimarães começou a sua carreira precisamente no Vitória Sport Clube, começando pelos mais jovens em 1990, chegando mais tarde à equipa principal. Orientou até agora 10 equipas portuguesas, passando (durante pouco tempo) pela Grécia, pelo Aris.
Na atual época estava no terceiro escalão, como treinador do Berço no Campeonato de Portugal. Agora “salta” duas divisões e volta à Choupana pela terceira vez.
A primeira passagem aconteceu há 16 anos, em 2005, quando abandonou precisamente o Vitória de Guimarães – segunda passagem pelo clube minhoto, na altura – e liderou os alvinegros ao longo da temporada 2005/06.
Os nomes na época 2005/06
Essa época correu muito bem na Choupana: o Nacional terminou no quinto lugar, atrás do quarteto FC Porto, Sporting, Benfica e Sporting de Braga.
Manuel Machado (um dos seus adjuntos era um tal Ivo Vieira) tinha um bom plantel à sua frente, com os guarda-redes Hilário e Diego Benaglio, os defesas Ávalos e Miguelito, os médios Bruno, Ricardo Fernandes e Chainho, ou ainda (e sobretudo) os goleadores André Pinto e Alexandre Goulart, que terminaram entre os oito melhores marcadores da Liga.
A lista dos goleadores fechou com Meyong (Belenenses) no primeiro lugar. Nuno Gomes e João Tomás, respetivamente de Benfica e Sporting de Braga, fecharam o pódio.
Esse campeonato, que tinha a designação Liga betandwin.com, contava com um treinador estreante em território luso: Co Adriaanse, que ouviu muitos protestos nos primeiros meses no Dragão, mas comandou um FC Porto diferente à conquista do primeiro de quatro campeonatos consecutivos. No plantel portista brilhavam na altura Lucho, Adriano, Lisandro López, Quaresma e… Pepe, entre outros.
O Sporting, segundo classificado, teve dois treinadores: José Peseiro e Paulo Bento. Tinha quase sempre em campo João Moutinho, fundamental numa equipa de Alvalade que esperava sempre pelos golos de Liedson ou de Sá Pinto, pela magia de Nani e pelas boas defesas de Ricardo.
No terceiro lugar ficou o Benfica de Ronald Koeman. Além do já referido Nuno Gomes, Luisão, Petit e Simão eram alguns dos jogadores em destaque na Luz, onde morava Mantorras.
Jesualdo Ferreira era o treinador do Sporting de Braga, onde alinhava o totalista Paulo Santos, guarda-redes que viria a estar no Mundial 2006. Andrés Madrid servia muitas vezes João Tomás e Wender.
Olhando para o resto da primeira metade da classificação final em 2005/06, reparamos que, a seguir ao sexto classificado Boavista (de Carlos Brito), ficaram três equipas que hoje estão longe da primeira divisão: União de Leiria, Vitória de Setúbal e Estrela da Amadora. Quem esteve em Leiria nessa época foi… Jorge Jesus.
Desceram de divisão o Penafiel (último), o surpreendente Rio Ave e o ainda mais surpreendente Vitória de Guimarães, penúltimo classificado nesse campeonato – Jaime Pacheco e Vítor Pontes foram os treinadores em Guimarães, ao longo dessa caminhada histórica.
Outros nomes ficaram na memória de vários adeptos: Fajardo (Naval), José Pedro (Belenenses), Pedrinha (Paços de Ferreira), Diogo Valente (Boavista), Mateus (Gil Vicente)…