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Manuais escolares em risco com atraso na definição dos preços

Mário Cruz / Lusa

O atraso nas negociações do acordo entre o Governo e a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) sobre a atualização de preço dos manuais escolares pode pôr em risco o abastecimento das livrarias.

Os agrupamentos de escolas têm até esta sexta-feira para registar no Sistema de Informação de Manuais Escolares (SIME) os manuais que pretendem adotar para o próximo ano letivo, assim como a estimativa do número de alunos.

Um dia antes do final do prazo fixado, surge a notícia de que o atraso nas negociações do acordo entre Governo e Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) sobre a atualização de preço dos manuais escolares pode afetar o abastecimento das livrarias.

A negociação da convenção que irá atualizar os preços está a dificultar os processos de produção e armazenamento das editoras, podendo vir a afetar o fornecimento às livrarias.

Ao Jornal de Notícias, as editoras mostram preocupação perante este atraso. Já o Ministério da Economia reconhece que a nova convenção que define a atualização dos preços, estabelecido entre a Direção-Geral de Atividades e a APEL, ainda está em curso.

Ainda assim, o secretário-geral da APEL, Bruno Pacheco, garante que os livros estarão disponíveis até ao arranque do ano letivo, apesar de reconhecer que o atraso pode trazer obstáculos ao “abastecimento das livrarias nos próximos meses”.

Os lesados desta situação poderão vir a ser as famílias, que aproveitam para fazer as reservas dos manuais escolares antes das férias, de forma a beneficiar de promoções. Segundo o JN, os editores estão já a imprimir parcialmente os livros, sem ainda conhecerem os preços a aplicar.

A anterior convenção cessou em março deste ano e, ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, as negociações não ficaram concluídas no final do primeiro semestre.

ZAP //

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