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Manifestante desastrado “ajudou” Maduro a incendiar ajuda humanitária

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Joédson Alves / EPA

O The New York Times noticiou esta terça-feira que um manifestante opositor ao Presidente venezuelano Nicolás Maduro terá provocado o incêndio que a 23 de janeiro destruiu parte da ajuda humanitária na fronteira com a Colômbia.

A investigação jornalística do diário norte-americano tem por base uma reconstrução dos acontecimentos, com base em vídeos pouco divulgados, alguns deles fornecidos pelas autoridades colombianas, feita pelos jornalistas Christoph Koettl, Deborah Acosta, Drew Jordan e Anjali Singhvi.

“Num determinado momento foi lançado um engenho explosivo caseiro, feito com uma garrafa, atirado na direção das forças de segurança que bloqueavam a ponte que une a Colômbia e a Venezuela, para impedir que os camiões de ajuda passassem (do lado colombiano para o venezuelano)”, pode ler-se no NYT.

Segundo o NYT, contudo, “o pano usado para pegar fogo ao ‘coquetel Molotov’ separou-se da garrafa, e, já em chamas, voou em direção ao camião de ajuda“.

“Uns segundos depois a gravação mostra esse camião em chamas. O mesmo manifestante é visível em outro vídeo, uns vinte minutos antes do acontecido, atingindo outro camião com um ‘coquetel Molotov’, mas sem incendiar a viatura”, pode ler-se na publicação.

“Após a chegada dos camiões, as forças de segurança venezuelanas lançaram gás lacrimogéneo [contra os manifestantes]. Alguns manifestantes responderam com pedras e ‘coquetéis Molotov’. Um deles lançou um coquetel contra as forças de segurança e, segundos depois, um dos camiões estava em chamas“, avança o diário.

O artigo está acompanhado por um vídeo, com vários momentos e ângulos do acontecimento, sendo visível o momento em que o jovem opositor, com a boca tapada, lança o engenho explosivo, que se separa em dois no ar e, segundos depois, ao fundo, surgem as chamas num dos camiões.

Esta investigação jornalística contradiz o afirmado pela oposição venezuelana e por porta-vozes dos governo norte-americano e colombiano, que responsabilizaram as forças de segurança venezuelanas pelo acontecido e o Nicolás Maduro, de ter ordenado incendiar a ajuda humanitária internacional, que se negava a autorizar que entrasse no país.

Por outro lado, o diário esclarece que o camião incendiado não tinha medicamentos como tinha sido dito e explica que uma “fonte de alto nível” da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional garante que continha materiais como luvas e tapa-bocas.

Por outro lado, na notícia indica-se que a “23 de fevereiro, quatro camiões com ajuda humanitária chegaram a Cúcuta, Colômbia, na fronteira com a Venezuela”, onde “as manifestações ficaram violentas e parte da ajuda humanitária foi incendiada durante os confrontos”.

ZAP // Lusa

6 Comments

  1. Olha que título tão esclarecedor… O manifestante ajudou Maduro a incendiar? A sério? Onde é que está escrito que o Governo da Venezuela ia incendiar o que quer que fosse? Pelo que se vê este opositor incendiou um camião e atirou um cocktail molotov contra outro (que não se terá incendiado). Donde pelo menos dois camiões foram atingidos pela própria oposição tendo um deles ardido e dos outros não se sabe. Agora do Maduro sabe-se que não incendiou nenhum.

  2. Aos poucos vamos sabendo as verdades. E aqueles aqui que escreveram que nao, nao, foi o sanguinario, o ditador, o malvado do maduro que incendiou os camioes, o que será que eles agora vão dizer???? Terão a decencia e a honestidade intelectual de dar a mao à palmatoria e reconhecer os ataques infundados ao governo de maduro??? Vou esperar sentado. Por outro lado também sabemos agora que afinal o apagao foi obra dos eua articulado com o impostor do guaido. Nao, nao me venham dizer que nao é verdade, aqueles que disserem isso, são novamente desonestos e mal informados. Eu até podia indicar onde isso aparece escrito, mas era fail de mais, PROCUREM. Ah, é verdade, nap procurem na imprensa nacional, que essa nao noticia essas novidades, porque nao convém, o convém é manter os leitores desinformados e nao esclarecidos. Procurem na internacional, e nao será dificil. Conclusao: Afinal até parece que o maduro é um santinho, certo??? O puzzle vai-se compondo e estamos a ficar a saber quem afinal são os criminosos. Eu nunca, por nunca, tive duvidas que o apagao foi um atentado terrorista efectuado pelos eua, nunca, tenho dedinho que nunca falha. E depois maduro era mesmo um asno, um grande burro se fosse o autor do apagão, era um autentico tiro no pé e dar armas de arremeso a quem o contesta.

    • co·que·tel
      (inglês cocktail, de cock, galo + tail, cauda, rabo)
      substantivo masculino

      1. Mistura de duas ou mais bebidas, geralmente alcoólicas, às quais se pode juntar sumos de frutas, natas ou outros ingredientes.Ver imagem

      2. Reunião social ou festa em que se servem bebidas e comida ligeira.

      3. Mistura de coisas diferentes.

      coquetel molotov
      • Garrafa enchida com gasolina ou outra substância inflamável, usada como explosivo artesanal.
      Plural: coquetéis.

      “coquetel”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/coquetel [consultado em 15-03-2019].

  3. Coquetel é uma adaptação fonética criada do Brasil. Cacharolete seria o termo correcto. Existe ainda beberete, mas é um termo impróprio para definir o tipo de arma mencionado. A credibilidade linguística não consiste em adaptações fonéticas, mas, sim, na criação de termos que definam o objecto, a atitude etc.

    • Caro leitor,
      Obrigado pelo seu reparo.
      Embora seja mais comum em português pt_PT o uso da expressão “cocktail molotov”, a expressão “coquetel molotov” é correta.

      co·que·tel
      (inglês cocktail, de cock, galo + tail, cauda, rabo)
      nome masculino
      1. Mistura de duas ou mais bebidas, geralmente alcoólicas, às quais se pode juntar sumos de frutas, natas ou outros ingredientes.Ver imagem
      2. Reunião social ou festa em que se servem bebidas e comida ligeira.
      3. Mistura de coisas diferentes.
      coquetel molotov
      • Garrafa enchida com gasolina ou outra substância inflamável, usada como explosivo artesanal.
      “coquetel”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa

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