
Pessoas com passaportes israelitas já não podem entrar nas Maldivas. Arquipélago a sul da Índia é o primeiro país a fazê-lo.
Pessoas com passaportes israelitas já não podem entrar nas Maldivas, naquela que é a primeira demonstração de indignação do género contra a guerra a decorrer na Faixa de Gaza, avança a agência AP esta quarta-feira.
A alteração aprovada na segunda-feira pelo parlamento maldivo foi também aprovada pelo presidente Mohamed Muizzu esta terça-feira, e já mudou a Lei da Imigração do país.
“A ratificação reflete a posição firme do governo em resposta às atrocidades contínuas e aos atos de genocídio cometidos por Israel contra o povo palestiniano“, refere o comunicado do gabinete presidencial.
Só os cidadãos israelitas com um segundo passaporte é que poderão entrar no famoso destino turístico de luxo, explica o serviço de imigração. De acordo com as últimas estatísticas disponíveis sobre imigração, 59 pessoas com passaportes israelitas entraram nas Maldivas em fevereiro.
O presidente do país já tinha apelado há quase um ano para que a medida fosse para a frente, o que levou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel a recomendar que seus cidadãos evitassem aquele destino, que vive do turismo: representa cerca de 21% do seu PIB, segundo dados citados pela Reuters.
O arquipélago, situado a sul da Índia, é predominantemente muçulmano sunita, onde a pregação e a prática de outras religiões são legalmente proibidas: não é permitido que um cidadão maldivo professe qualquer outra fé. Os estrangeiros e turistas podem praticar a sua religião em privado, mas qualquer tentativa de proselitismo ou de distribuir material religioso não islâmico é estritamente proibida.
Israel tem rejeitado consistentemente qualquer acusação de genocídio, dizendo que respeitou o direito internacional e que tem o direito de se defender do Hamas, após o ataque de 7 de outubro levado a cabo pelo grupo terrorista em Israel.
As autoridades israelitas não reagiram à notícia que chegou das Maldivas.
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As Maldivas vão-se tornar o local de férias do Hamás.
Quem começou a guerra em primeiro lugar?
É quase como proibir os ucranianos de entrarem em França, por exemplo. Que estupidez. O Hamas é o atacante!