Mais portugueses procuram serviços de saúde no sector privado: uma tendência que os supermercados querem agarrar.
Os problemas no Serviço Nacional de Saúde são públicos, reconhecidos pelo Governo, e não têm suavizado ao longo dos últimos tempos.
Por isso, há cada vez mais portugueses a procurar alternativas. Ou seja, procuram consultas, operações, no sector privado.
Os supermercados também estão a entrar no negócio da saúde, destaca o ECO. Isto já depois de seguradoras e bancos.
A Sonae estreou-se neste sector, ainda em 2016, através da Wells. O plano de saúde é gratuito, não tem período de fidelização, mas só pode ser usado pelo clientes com Cartão Continente. Abrange 14.000 médicos e hospitais e permite ter descontos em medicina dentária, consultas, exames ou até cirurgias e parto.
Há cerca de um ano e meio, a KeepWells lançou três seguros de saúde, que variam entre os 9,50 euros e os 25,50 euros por mês.
Outro exemplo citado é o do Auchan. O grupo francês tem três planos de saúde desde Janeiro deste ano. Chegam a seis beneficiários – que não precisam de ser familiares – e têm um período de fidelização de 1 ano.
O plano mais básico custa 7,99 euros por mês e dá direito videoconsultas (sem número máximo) de clínica geral. O mais caro custa 70 euros e, além das consultas por vídeo, permite consultas ao domicílio ou acompanhamento nutricional das compras, entre outras vantagens.
O Intermarché já tem há quase dois anos dois planos de saúde. Um é gratuito para quem tem cartão Poupança Intermarché, dirigido às áreas de saúde e bem-estar. Há descontos até 64% em áreas como nutrição, óptica, estética, preparação do parto ou psicologia, entre outras.
O outro plano tem também 1 ano de fidelização e no máximo custa 9 euros por mês; dá acesso a mais de 42 mil prestadores e tem descontos até 65% em consultas de clínica geral e especialidade, descontos de 50% nas urgências – e consultas de medicina dentária e de urgência gratuitas na Rede Médica Future Care.
No geral, a procura por planos de saúde e seguros de saúde tem aumentado nos supermercados. Mas Mercadona e Lidl estão fora desta “corrida”.
