Mais de um milhão de pessoas na Somália estão numa situação de emergência alimentar, alertou a ONU, assinalando que o número representa um aumento de 20% desde janeiro.
A avaliação foi feita conjuntamente pela Unidade de Análise sobre Segurança Alimentar e Nutrição para a Somália (FSNAU, na sigla em inglês), da Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO), e pela Rede de Sistemas de Aviso Prévio contra a Fome, da agência de cooperação para o desenvolvimento norte-americana (USAID).
A pouca chuva, os conflitos e a redução da assistência humanitária levaram a “um agravamento da situação alimentar em toda a Somália”, indica um comunicado da FAO divulgado esta segunda-feira, que admite que a situação se continue a deteriorar.
Os especialistas estimam que 1.025.000 pessoas na Somália se encontram numa situação de crise ou emergência alimentar, um nível abaixo da situação de fome.
Os deslocados constituem a maioria (62%) dos que se encontram naquela situação, seguidos das populações rurais (27%) e urbanas (11%).
A FAO refere ainda que inquéritos recentes realizados na Somália sobre nutrição indicam que 218.000 crianças até aos cinco anos (perto de uma em cada sete) registam um nível de subnutrição grave.
“As populações em crise e emergência necessitam de ajuda humanitária urgente”, alerta o comunicado.
A Somália está em guerra civil desde 1991, quando foi deposto o ditador Muhammad Siad Barre e o país ficou sem governo e nas mãos de milícias radicais islâmicas e grupos criminosos.
/Lusa