Manuel de Almeida / Lusa
A maioria dos portugueses continua a querer mais estabilidade e menos negociações no Parlamento: 58% preferem maioria absoluta.
Segundo a mais recente sondagem do ICS/ISCTE para o Expresso/SIC , 58% dos inquiridos manifestam preferência por uma maioria absoluta.
É a percentagem mais elevada desde que esta pergunta começou a ser colocada nos barómetros do ICS/ISCTE. Em 2019 e no final de 2023, a tendência era oposta, com clara rejeição das maiorias absolutas.
Em dezembro de 2021, nas vésperas das legislativas que dariam a vitória a António Costa, apenas 40% dos inquiridos desejavam uma maioria absoluta. Hoje, esse número sobe para 58%, enquanto 33% continuam a preferir uma configuração sem maioria clara.
A Aliança Democrática (AD) lidera as intenções de voto, segundo a primeira parte da sondagem antes publicada, mas está longe de garantir uma maioria absoluta. Mesmo com os 4% atribuídos à Iniciativa Liberal, não alcança o limiar necessário.
A única maioria possível, por agora, exigiria o apoio do Chega — hipótese que continua a ser rejeitada pela maioria dos eleitores, e ainda na noite de ontem, por Luís Montenegro.
Quando questionados sobre quem acreditam que vencerá as eleições — independentemente da sua intenção de voto — 39% apontaram a AD, enquanto 23% indicaram o PS, o que pode apelar ao voto útil.
Qual terá sido o critério nesta sondagem? Quem foi entrevistado era Português ou Estrangeiro? Tendo em conta que a Maioria Silenciosa representada pela Abstenção é composta por cerca de 6 Milhões de Portugueses, como é possível afirmar que a «…Maioria dos portugueses quer maioria absoluta…»?
Não estou preocupado que haja ou não maiorias, estou muito preocupado que o meu voto possa beneficiar corruptos.
Por isso vou votar.