Com maioria absoluta do PS, Rio abre porta de saída do PSD. “Não vejo como posso ser útil”

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ppdpsd / Flickr

O presidente do PSD, Rui Rio

“O resultado está muito longe daquilo que queríamos ter”. Rui Rio assumiu, deste modo, a derrota eleitoral nas legislativas deste domingo. E num cenário de maioria absoluta do PS, o presidente do PSD diz que não terá condições para continuar na liderança do seu partido.

“Se se confirmar que o PS tem uma maioria absoluta, sinceramente, não posso ver como poderei ser útil neste enquadramento”, com “mais quatro anos de governação” de António Costa, apontou o presidente do PSD numa altura em que ainda não sabia dos resultados eleitorais finais.

Rio parece, assim, abrir a porta de saída do PSD, mas recusou dizer claramente se se demite. Chegou a responder a um jornalista em alemão, insistindo que “não é preciso fazer aqui um drama”.

Sobre o resultado eleitoral, Rio sublinhou que ficou “muito longe” do desejado e considerou que o que decidiu estas eleições foi “o voto útil à esquerda absolutamente esmagador para evitar que o PSD pudesse nomear um primeiro-ministro”.

Já “à direita não aconteceu o mesmo em torno do PSD”. “A direita dispersou-se”, concluiu.

Rui Rio também fez questão de elogiar a campanha do seu partido, salientando que foi “excelente” e frisando que não deixou “dívida nenhuma”.

“Fizemos o nosso orçamento de campanha de tal forma que, mesmo com este resultado, não há qualquer dívida por culpa desta campanha eleitoral“, frisou Rio, notando que os “partidos políticos saem das campanhas eleitorais totalmente endividados”.

Rio ainda vincou que o PSD fez uma campanha “pela positiva”, dando as suas “ideias”. “Em vez de ter comícios aos gritos, tínhamos sessões em que explicávamos o que queríamos para cada um dos sectores”, sublinhou, concluindo que ficou “uma semente para as próximas campanhas eleitorais”.

ZAP //

3 Comments

  1. Agora é que o buraco vai ficar sem fundo e o gado vai pagar caro por entregar mais uma vez o “ouro ao bandido”
    Este povo tem memoria curta e com esta iliteracia politica nao sai da cepa torta.
    Quando sairem do poleiro, imagino a estrumeira que vai ficar debaixo dos tapetes e carpetes.

  2. Agora será momento para reflexão, mudar de atitude, sobretudo estudar de perto a razão porque outros países partindo de um ponto mais atrasado do que nós, estão hoje quase todos à nossa frente, excepto a República Checa, ter o cuidado de preparar bons conhecedores das diferentes matérias e depois escolher um líder competente e interventivo capaz de atacar o governo a sério e, em simultâneo, criarem um governo sombra para na altura própria estarem preparados para assumirem funções com verdade e competência. É isto que interessa ao país para sairmos do marasmo em que nos encontramos há algumas décadas em que os governos pouco mais do que banha da cobra nos têm oferecido.

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