Portugueses estão com os professores. Mais de 50 mil nas ruas hoje

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Miguel A. Lopes / Lusa

De acordo com uma sondagem Intercampus divulgada esta sábado, 60% dos portugueses está ao lado dos professores e concorda com as greves em curso.

Mais de metade dos portugueses apoia os professores e concorda com as greves que nas últimas semanas deixaram pais e diretores à beira de um ataque de nervos, revela uma sondagem Intercampus para o Correio da Manhã.

Segundo a sondagem, 60% dos inquiridos estão do lado dos docentes, enquanto 31,4 %  afirmam não concordar com as paralisações, que duram desde 9 de dezembro.

A sondagem revela ainda que quase metade dos docentes (49,1%) considera que o ministro da Educação tem piorado a situação da Educação em Portugal. Apenas 12,6% dos inquiridos fazem uma avaliação positiva de João Costa.

Os professores voltam hoje a manifestar-se, em Lisboa, numa marcha convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (STOP) em defesa da escola pública e contra as propostas de alteração aos concursos.

É a segunda manifestação de professores na capital no período de um mês e o coordenador nacional do STOP, André Pestana, acredita que vai reunir mais pessoas do que a anterior, realizada em 17 de dezembro, que juntou mais de 20 mil professores, segundo as estimativas do sindicato.

“Vamos ter uma marcha que contará com trabalhadores docentes, não docentes, pais, alunos, mas também profissionais de outros setores. Esperamos mais de 50 mil pessoas em defesa da escola pública”, antecipou André Pestana, em declarações à Lusa.

A concentração está marcada para as 14:00 na praça do Marquês de Pombal e daí seguem até ao Terreiro do Paço.

A marcha realiza-se num momento de grande contestação dos professores, que estão em greve desde o início de dezembro, numa paralisação convocada pelo STOP que se deverá prolongar, pelo menos, até ao final de janeiro e foi alargada aos trabalhadores não docentes.

Além de reivindicações antigas relacionadas com a carreira docente, condições de trabalho e salariais, os protestos foram motivados por algumas das propostas do Governo para a revisão do modelo de recrutamento e colocação de professores, que está a ser negociada com os sindicatos desde setembro.

Em particular, contestam a possibilidade de incluir outros critérios de seleção, além da graduação profissional, ou de os professores passarem a ser contratados por entidades locais ou pelos próprios diretores. O Ministério da Educação já desmentiu, no entanto, essa informação.

Apesar de as principais reivindicações serem partilhadas pelos sindicatos do setor, a marcha de hoje é iniciativa apenas do STOP e não vai contar com a adesão dos restantes sindicatos, alguns dos quais já tinham agendado uma manifestação, inicialmente para março e entretanto antecipada para 11 de fevereiro.

Nas redes sociais, o STOP revelou que dirigiu à UGT e à CGTP convites para participarem na marcha, mas, em resposta à Lusa, o secretário-geral da Fenprof, afeta à CGTP, disse que o plano de luta definido em convergência com outros sete sindicatos “é muito exigente e a dispersão por outras ações não ajudará à sua concretização”.

Por outro lado, Mário Nogueira afirmou também que quando anunciou a greve, a plataforma de sindicatos apelou a que as restantes organizações se associassem ao protesto, mas sem respostas.

Alguns dias depois, o STOP convocou o protesto de hoje. Além da greve convocada pelo STOP, está a decorrer desde o início do 2.º período uma greve parcial ao primeiro tempo letivo, convocada pelo Sindicato Independente dos Professores e Educadores, que se vai prolongar até fevereiro.

Entre 16 de janeiro e 8 de fevereiro realiza-se uma outra greve por distritos, convocada pelas mesmas oito organizações sindicais, que também estão a preparar uma concentração em frente ao Ministério da Educação em 20 de janeiro, no dia em que voltam a sentar-se à mesa com o Ministério da Educação.

As paralisações têm levado ao encerramento pontual de várias escolas. Na quarta-feira, o Ministério da Educação revelou que pediu um parecer jurídico à Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a legalidade da forma de execução das greves.

ZAP // Lusa

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6 Comments

  1. A ideia que, somente pelo facto dos anos passarem , as pessoas terem direito a ser promovidas tem de acabar de vez.
    Imaginem o que seria numa empresa se todos os funcionários progredissem somente pelo passar dos anos. No final seriam todos diretores financeiros, diretores de produção?!?!?

    • Concordo são dos mais bem pagos recebendo com indice bem maior que na função publica e eles que eu ache devaiam receber como na função publica se recebe

  2. Os Professores são os mais bem pagos na função Pública mas sempre fazem greves e pedem aumentos, pois quem não chora não mama.
    Quem fez a Tabela dos vencimentos dos funcionários Públicos, foi o Sr. Cavaco Silva em que ele e a esposa são Professores.

  3. Concordo com as criticas acima e não sei como 60% dos Portugueses são cegos ou não querem ver. Os Professores, são das classes mais bem remuneradas do Portugal, recebem com indice fora da função pulica e bem mais alto.
    A diferença entre funcionario superior da função publica e professor é de mais 1000 euros de diferença perguntem se não acreditam. E na reforma é um escandalo pois os vencimentos se refletem depois com a mesma diferença.
    Na função publica não se tem aumento em mais de 10 anos de serviço sem ninguem reclamar por mim falo e é geralmente assim.
    E mais uma vez se calhar como fazem diferença no ensino lhe vão dar a mama que querem

  4. Como quê …………..;Vestidos a rigor , exibindo slogans e recitar mantras , dá resultado ! . Com os principais Serviços Públicos e sucessivos Governos corroídos por tanta corrupção , ou se faz uma limpeza de fundo acelerada ou teremos que enfrentar outra Bancarrota e aturar o FMI novamente !

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