A maioria da procura pelas acções dos CTT – Correios de Portugal veio de fora de Portugal, adiantou hoje o secretário de Estado das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações.
“A maioria da procura veio de fora de Portugal, o que significa que os investidores internacionais continuam a olhar para Portugal e para a sua recuperação económica como sendo algo de sustentável não apenas no curto prazo, mas também no médio e longo prazo”, afirmou Sérgio Monteiro numa conferência de imprensa conjunta com o secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues.
A conferência de imprensa realizou-se depois de ter sido divulgado que as acções dos CTT vendidas na Oferta Pública de Venda (OPV) destinada ao público em geral custarão 5,52 euros, valor máximo do intervalo que o Governo tinha determinado.
Questionado pelos jornalistas sobre o preço fixado para as acções, Sérgio Monteiro disse que o valor “definido pelo Governo tem em consideração as ofertas recebidas”, salientando que “a procura mais do que superou a oferta em muitas vezes”.
O secretário de Estado disse que, “tendo em consideração a procura que foi verificada para este preço, consideramos que o preço é adequado e justo”.
O secretário de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, afirmou, por seu turno, que “a vitalidade e o potencial do mercado de capitais nacional estão refletidos no interesse manifestado por investidores, nacionais e internacionais, na operação de venda dos CTT”.
Manuel Rodrigues acrescentou que “este interesse é, por sua vez, uma confirmação do regresso da confiança” na economia portuguesa.
A quantidade de acções representativas do capital social dos CTT a alienar na OPV é de 21 milhões de acções e as destinadas a venda directa institucional de 84 milhões, incluindo quase 10 milhões (9.545.454) correspondentes ao lote suplementar.
Do total reservado à OPV, um lote de 5,25 milhões de acções será para os trabalhadores dos Correios.
O Estado, através da Parpública, ficará com 30% dos CTT após a IPO, pelo menos durante nove meses.
O secretário de Estado Sérgio Monteiro quis hoje “passar uma mensagem de total tranquilidade e confiança a todos os portugueses que utilizam os serviços dos CTT”, referindo que a “única coisa” que vai mudar após a privatização é o accionista.
“A empresa, independentemente da origem dos seus novos accionistas, continuará a ser uma empresa portuguesa, a pagar impostos em Portugal, com os trabalhadores vinculados à lei laboral portuguesa”, salientou.
/Lusa