Uma sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã revela que a maioria dos portugueses acredita que a economia ainda vai piorar até ao fim do ano.
De acordo com a sondagem, 54% dos inquiridos considera que a economia vai “piorar” na segunda metade do ano e que vai haver uma quebra maior do que a quebra história que já teve de 16,3% no segundo trimestre.
De resto, 17,6% dos inquiridos acredita que o cenário económico do país vai melhorar daqui para a frente e 22,6% defende que tudo se vai manter igual a como está atualmente.
Para esta sondagem, foram entrevistadas 601 pessoas de uma amostra da população portuguesa com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada e residente em Portugal Continental. A amostra é proporcional por sexo, por idade e região e foi selecionada a partir da geração aleatória de números de telefone fixo e móvel. A margem de erro, para um intervalo de confiança de 95%, é de ± 4,0%.
A economia portuguesa registou uma queda de 16,3% no segundo trimestre deste ano, depois de ter recuado 2,3% no primeiro trimestre. Para este ano, o Banco de Portugal aponta para uma recessão entre 9,5% e 13,1% do PIB, enquanto que a Comissão Europeia prevê uma contração de 9,8%. As instituições contam que a recessão será ligeiramente mais pesada em Portugal do que no conjunto da União Europeia, em grande medida devido ao peso do turismo na economia nacional.
Outros dados desta sondagem, que foram revelados na sexta-feira passada, mostraram que, caso haja uma segunda vaga, 40% dos portugueses concordam que o confinamento deva ser imposto só nas zonas mais afetadas, 30,3% não defende esta medida em caso algum; e 22,3% acha que o Governo deve impor o confinamento novamente.