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Máfias de Leste e da América Latina atacam vivendas nacionais em verdadeiros “assaltos à Hollywood”

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Nuno André Ferreira / Lusa

PSP e GNR têm os grupos internacionais “debaixo de olho”, mas a pandemia diminuiu este tipo de criminalidade. De acordo com a Renascença, entre janeiro e setembro deste ano, houve uma quebra de 35% nos furtos e roubos em casas. Ainda assim, há em média 40 assaltos em residências por dia.

O confinamento fez os portugueses ficarem mais tempo em casa e os reflexos nos números da criminalidade são evidentes, sendo que os assaltos a casas não fogem à regra. Contudo, se está mais difícil a realização deste tipo de crime, quem o comete está cada vez mais profissionalizado.

As autoridades nacionais falam de “máfias organizadas”, que planeiam, executam e fazem circular com grande facilidade o proveito dos crimes. De uma forma gera, os alvos destes grupos apontam residências luxuosas.

Ainda assim, as estatísticas da PSP e da GNR mostram uma queda generalizada quer nos furtos, quer nos roubos de casas, nos primeiros nove meses do ano, quando comparado com igual período do ano passado.

Segundo a Renascença, houve menos 35% de assaltos a habitações. No entanto, nos primeiros nove meses do ano houve, em média, 40 assaltos a residências por dia.

Este tipo de crime ou é cometido por indivíduos isolados ou por grupos de grande envergadura, profissionalizados, e de grande mobilidade. São estes últimos que mais peso têm nas estatísticas.

“São organizações que atuam ao nível dos melhores filmes de Hollywood com funções muito bem definidas”, carateriza o subintendente Lourenço, do Departamento de Investigação Criminal da PSP à Renascença.

Nos últimos dois anos, é da Geórgia e da Albânia que mais chegam os indivíduos responsáveis por este tipo de crime. Pertencem ao grupo “Thieves in Law”, que numa tradução literal se designam por “Ladrões em Lei”, que atua em vários países europeus desde que a URSS se desmantelou. “São máfias”, indica o subintendente.

O subintendente Lourenço explica que são organizações internacionais que estão por detrás deste tipo de assaltantes, e “que prestam todo o apoio logístico, quer no fornecimento de viaturas”, “no suporte”, nos “equipamentos necessários ao arrombamento de instalações”, e “até apoio judicial quando são detidos”.

O coronel João Nortadas, da GNR, aponta à Renascença para “a existência de muitos estrangeiros, grupos transnacionais, que vêm para a Europa da América Latina”, relatando que são células que usam “bastante tecnologia com chaves falsas”, e que são responsáveis por “dezenas e dezenas de furtos em residências” em Portugal.

A identificação destes assaltantes é um processo complicado, pois a maior parte circula na Europa com dois ou três passaportes falsos. “Há dificuldade de identificação e de realização da justiça”, refere o subintendente Lourenço.

De acordo com as autoridades a Grande Lisboa, o Grande Porto e o Algarve são as zonas do país mais afetadas com estes ataques.

Este é um tipo de crime que as polícias dão grande importância, quer na prevenção quer na investigação, porque as consequências para as vítimas são muito gravosas, tal coo diz o coronel Nortadas. “O roubo em residência tem efeitos secundários, muitas pessoas ficam muito afetadas psicologicamente”, sublinha.

Efetivamente, os furtos representam a maioria dos casos nos assaltos a casas, mais de 98% do total. Os roubos, mais violentos e gravosos, são relativamente escassos. Foram 434 no total, até setembro.

ZAP //

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3 Comments

  1. São elementos de fora da União e portanto deviam de ser facilmente controláveis. O emprego de SEF e outras policias de proteção na rua é mal pago e devem preferir fazer outra coisa qualquer ou mesmo nada, do que prevenir. Do caso Maddie já sabemos através da 6a às 9 que policia em Portugal é sinónimo a incompetência. Sabem bater, sabem e dantes era o suficiente, na esquadra do GNR havia sempre um cave onde o ‘criminoso tipo antigo e conhecido’, sempre confessava. Mas confrontado com elementos internacionais, Falta lhes muita coisa, material mas também massa cinzenta.

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