/

Máfia da amêijoa escraviza imigrantes de origem asiática

2

Os trabalhadores de origem asiática foram detetados pela Polícia Marítima no rio Tejo e estão a viver em condições precárias em antigas pocilgas de porcos.

O Serviço de Investigação da Polícia Marítima detetou um novo esquema criminoso que usa mão de obra ilegal para trabalhar na apanha da amêijoa, avança o Jornal de Notícias.

Os trabalhadores, de origem asiática, chegam através de circuitos de tráfico de pessoas e imigração ilegal. A Polícia Marítima detetou entre 100 a 200 apanhadores, oriundos de países como o Laos e Vietname, no rio Tejo.

De acordo com o jornal, estes trabalhadores vivem nas zonas de Alcochete e do Samouco em condições precárias, ficando a dormir em antigos pavilhões de quintas que eram usados para guardar animais, como antigas pocilgas de porcos.

Segundo o Observador, que cita o exclusivo do JN, o esquema foi detetado durante este ano e por isso é que ainda não há qualquer referência ao mesmo no Relatório Anual de Segurança Interna de 2017, que apenas relatava a mão de obra oriunda do leste europeu.

As investigações ainda não foram abertas, mas suspeita-se que os trabalhadores asiáticos também sejam usados noutros países europeus, empregados em trabalhos agrícolas sazonais.

ZAP //

2 Comments

  1. Já faz muito tempo que a zona do Samouco, principalmente, tem a apanha da ameijoa controlada por máfias do Leste, só não vê quem não quer, e ao que tudo indica, operam impunemente, pois desde que detetei esta situação, das várias deslocações ao local, nunca vi agentes da Polícia Marítima, GNR, PSP, etc. Não admira que aqueles recorrem também a mão de obra ilegal e de exploração humana. A poluição e sujidade do Tejo não é só no leito e na água do rio, está sobretudo nas margens.

  2. De facto grande interesse se devem mover neste lodoso assunto das ameijoas. A apanha é feita á vista de todos que a querem ver e se as autoridades nada fazem é porque nisso não há interesse, seja qual for a razão.
    É triste que com mais de 40 anos de democracia, Portugal ainda permita tal forma abjecta e criminosa de tratar seres humanos.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.