O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou na terça-feira à petrolífera estatal venezuelana (PDVSA) que venda 4,5 milhões de barris de petróleo da sua reserva física na criptomoeda do país (moeda virtual), designada petro.
“Decreto a venda de 4,5 milhões de barris de petróleo em petro, proveniente da reserva certificada física de 430 milhões de barris atualmente mantida pela PDVSA”, afirmou Nicolás Maduro, citado pela agência EFE, no seu discurso de balanço anual proferido perante a Assembleia Nacional Constituinte, composta apenas por chavistas (apoiantes de Hugo Chavez).
Além disso, Maduro disse que “após a conclusão da venda destes 4,5 milhões de barris”, deve iniciar-se “a oferta regular em petro de 50 mil barris diários como mecanismo de exploração”. Tudo isto, “até se atingir a meta de vender toda a produção petrolífera em petro”, adiantou o Presidente venezuelano.
Desta forma, serão estabelecidos, consolidados e ampliados “o ecossistema e os mecanismos” que são “vitais para a consolidação do petro”, a criptomoeda venezuelana que o Governo decretou de uso obrigatório.
Em relação à utilização do petro nas vendas da PDVSA, Nicolás Maduro determinou que se venda nessa criptomoeda “toda a gasolina” da companhia estatal “para aviões que cobrem as rotas internacionais”.
Nicolás Maduro anunciou em dezembro de 2017 a criação da moeda virtual petro, apoiada, entre outras, nas reservas petrolíferas do país e lançada para lutar contra o “bloqueio financeiro” dos Estados Unidos.
// Lusa