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Maduro baixa os braços e aceita (finalmente) ajuda de emergência da ONU

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chavezcandanga / Flickr

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro

A ONU vai entregar 9,2 milhões de dólares que terão como objetivo criar programas de assistência nutricional na Venezuela. Esta é a primeira vez que as Nações Unidas enviam fundos de emergência para o país desde que Maduro chegou ao poder.

Em setembro, Nicolás Maduro afirmou na Assembleia Geral da ONU que a crise migratória e humanitária na Venezuela era “uma invenção” para justificar que os Estados Unidos pudessem “pôr as suas mãos” no país.

Agora, dois meses depois, o Presidente venezuelano aceitou receber mais de oito milhões de euros para combater a fome e prevenir as doenças no país, que está a braços com uma crise económica e social sem precedentes.

Esta é a primeira vez que as Nações Unidas enviam fundos de emergência para a Venezuela desde que Nicolas Maduro chegou ao poder, em 2013. Até aqui, o Presidente tinha vindo a recusar qualquer tipo de ajuda internacional, chegando mesmo a negar a existência de uma crise no país.

Segundo o Público, o Governo de Maduro estima que 23% da população vive na pobreza, apesar de estudos independentes apontarem para mais de 80%, como é o caso do relatório da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

A maioria do dinheiro entregue pela ONU será utilizado para a criação de programas de assistência nutricional, com principal foco nas crianças até aos cinco anos de idade, grávidas e lactantes e venezuelanos vulneráveis, informa o Fundo de Resposta de Emergência Central (Cerf) da ONU.

À Renascença, Ana Cristina Monteiro, da Associação da Comunidade de Imigrantes Venezuelanos na Madeira, adianta que já se esperava esta abertura por parte do governo venezuelano há cerca de dois anos. “É uma muito boa notícia, realmente há dois anos que já estávamos à espera disto, tendo em conta a situação que tem vindo a piorar.”

“O facto de ele reconhecer finalmente que a Venezuela está a precisar de ajuda humanitária vai facilitar a situação de vida de tantos venezuelanos e portugueses que residem lá. Como sabemos a carência de alimentação e medicamentos tem sido uma grande preocupação de nós que estamos fora, conclui a responsável.

ZAP //

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