O Governo da Madeira quer estabelecer um protocolo com uma entidade em Lisboa e custear a realização de testes de despiste da covid-19 aos passageiros que viajem para a região.
Segundo o presidente do Executivo, Miguel Albuquerque, o custo a suportar pela região será na ordem dos 30 euros por cada análise. “Estamos a trabalhar para conseguir outra coisa muito importante que é possibilitar que os passageiros que embarcam para a Madeira possam realizar o teste, às custas do governo, em Lisboa, o que vem facilitar e prevenir” a propagação da covid-19 na região, disse.
Miguel Albuquerque, que falava numa visita às instalações do Serviço Regional da Proteção Civil e Bombeiros, no Funchal, fez esta deslocação para assinalar a entrada em vigor do Programa Operacional de Combate a Incêndios Florestais da Madeira (POCIF), que se prolonga até final de novembro.
O chefe do executivo madeirense realçou que a partir de 1 de julho os passageiros que desembarcarem nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo devem ser portadores de um teste negativo realizado nas 72 horas anteriores.
Caso não disponham do documento, o teste será realizado nas infraestruturas aeroportuárias regionais, “a expensas do Governo Regional”, devendo o passageiro aguardar até ao máximo de 12 horas pelo resultado. Está a ser preparado o reforço das equipas de saúde afetas a esta funcionalidade, adiantou o social-democrata.
Albuquerque mencionou que o Executivo já suporta os custos deste teste em relação a vários grupos, “como os estudantes e as pessoas que não têm meios financeiros”. “Seria bom que abarcasse todos os que querem viajar para a Madeira, porque assim facilitava tudo.”
A assunção da despesa relativamente aos turistas, “nestes meses iniciais” é justificada pela importância do setor no arquipélago: para Miguel Albuquerque, é preferível “assumir esses custos e ter o início do desenvolvimento e reabertura do turismo do que estar a gastar esse dinheiro em subsídios de desemprego”.
A ideia está a ser trabalhada pelo secretário da Saúde da Madeira e permitirá que os visitantes possam realizar os testes “nos centros ou numa clínica em Lisboa”, ao mesmo preço. “Este é um exemplo para a Europa e a aviação civil de como se pode desenvolver as ligações e, de novo, a mobilidade, com um substrato e alicerce de segurança”, destacou.
A Madeira, sublinhou, “não pode correr riscos desnecessários”, sobretudo quando “um dos principais ativos que vai oferecer é ser uma região que tem quase zero casos ativos de covid”.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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