Presidente de França disse que enviar militares é uma possibilidade. Esta “loucura” colocou em risco “a vida de milhões de pessoas”.
Emmanuel Macron ainda deverá explicar o que disse e porque disse o que disse na segunda-feira.
Para já, só há críticas, negações e, provavelmente, a maior avalanche internacional de reacções desde o dia 24 de Fevereiro de 2022.
Houve uma reunião em Paris, com líderes de diversos países (António Costa era um deles), convocada pelo próprio Macron.
Assunto da reunião: balanço dos dois anos de guerra na Ucrânia.
Discurso da reunião: lançar maior confusão a nível global.
O presidente de França comentou que os outros países devem preparar-se “para que a Rússia ataque” – um aviso que não é novo.
“A conclusão colectiva é que, basicamente, a segurança de todos está agora em jogo”, continuou, antes de originar quase o caos na diplomacia internacional.
A frase: “Não há consenso hoje para enviar tropas terrestres de forma oficial, assumida e endossada. Mas dinamicamente, nada deve ser excluído. Faremos tudo o que for necessário para garantir que a Rússia não possa não vencer esta guerra”.
Ou seja, a França, uma das grandes potências militares e nucleares, admite intrometer-se na guerra com a Rússia.
Reacções
Obviamente, o próprio Governo russo foi dos primeiros a reagir. “Não é de todo do interesse destes países. Eles devem estar cientes disso”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, que acrescentou um ponto importante: “Só o facto de levantar essa possibilidade é um novo elemento muito importante. Nesse cenário, não estaríamos só a falar da probabilidade – mas sim da inevitabilidade (guerra com NATO)”.
Depois, começaram as negações. A própria NATO esclareceu que não tem planos para enviar soldados.
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, assegurou que nenhum soldado da Europa ou da NATO vai combater na Ucrânia: “Nenhum militar vai para o terreno”.
O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, afirmou que enviar soldados para a Ucrânia “não está na ordem do dia”.
Os EUA, através da Casa Branca, lembraram que o presidente Joe Biden já repetiu que nenhum soldado local vai para a Ucrânia.
Entre outras origens, até do Vaticano chegou uma reacção. O secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, avisou que colocar soldados da NATO na Ucrânia seria criar “a escalada do conflito que sempre se tentou evitar”.
Robert Fico, primeiro-ministro da Eslováquia, foi claro: “Nenhum militar eslovaco irá para a Ucrânia”.
Mas o mesmo Robert Fico contou que alguns países estão a pensar em acordos bilaterais para enviar tropas para a Ucrânia – algo que António Costa negou: “Não há nenhum cenário em que essa questão se tenha colocado”.
“Mudou a guerra”
Esta sugestão de Emmanuel Macron – que foi reforçada horas depois pelo primeiro-ministro Gabriel Attal – originou críticas duras de toda a oposição interna.
Marine Le Pen, a sua principal opositora, não hesitou nas palavras: Macron colocou “em risco existencial a vida de todos os 70 milhões de franceses”.
Neste debate no Parlamento, Gabriel Attal também não hesitou na resposta: o partido de Le Pen, o Rassemblement National, são “tropas de Vladimir Putin em França” e lembrou que, há dois anos, o partido queria uma aliança militar com a Rússia.
O Partido Socialista, através do seu líder Olivier Faure, disse que Macron “gosta de brincar com o fogo, de ser o centro das atenções, mas dividiu os países europeus“.
Éric Ciotti, do partido Os Republicanos, foi mais longe: Emmanuel Macron “mudou a natureza da guerra na Ucrânia. É uma declaração com consequências terríveis e foi feita sem qualquer debate parlamentar”.
Jean-Luc Mélenchon falou em “loucura” e alertou: sugerir guerra entre duas potências nucleares é claramente “irresponsável”.
O que eu acho é que o que ele disse é que está certo.
Alguém tem que acabar com o lunático do Putin e não vai ser com dialogações que lá iremos.
A NATO, mas mais concretamente os países europeus, porque acho que isto é uma questão Europeia e não é preciso estar a trazer para aqui os EUA, têm que olhar para este assunto como se fosse seu e não do vizinho que está a dar a pele, a carna e os ossos pela Europa toda. A Europa é que tem que resolver este problema e é com a eliminação das chefias Russas que se resolve. Não é com meios de defesa para a Ucrânia ou com milhares de milhões em apoios ou com sanções que não servem de nada porque são completamente circunvencionadas…
Macron , um lunático francês , arrisca umas bombas atómicas sobre todos os europeus…os franceses e os europeus devem tirar-lhe o poder antes das asneiras…já basta o que há, quanto mais bombas nucleares. Trata-se de palavras imbecis dum ignorante falido…
Mas foram os EU que criaram o problema!
O sr. Macron, o imbecil que nem a própria França sabe gerir, agora vem com esta prosápia alucinada. Se quer armar-se em herói que mande para lá os franceses, que tenho a certeza devem ter ficado estupefactos com esta afirmação. E o próprio herói deve marchar á frente do seu exército, com a bandeira da França bem alta, para afirmar a sua vontade indómita. Puta que o há-de parir.