O Presidente francês, Emmanuel Macron, acredita que é possível formar uma maioria “ampla e clara” na Assembleia Nacional, após reunir com os líderes dos diferentes partidos políticos.
“Acredito que, neste período crucial que estamos a viver, é possível encontrar uma maioria mais ampla e mais clara”, indicou na quarta-feira, citado pelo Público, acrescentando que espera chegar a acordos “nas próximas semanas”.
Nas eleições legislativas de domingo, a coligação Ensemble!, que apoia Macron, elegeu 246 deputados, perdendo mais de uma centena dos 350 que tinha e ficando longe dos 289 que permitiriam atingir a maioria absoluta.
Segundo Macron, “a maioria dos líderes” com quem falou descartou a hipótese de um governo de unidade nacional, com o chefe de Estado a defender que é necessário “governar e legislar de outra forma” perante as “fraturas” que se revelaram nas eleições legislativas.
“Nenhuma força política pode fazer leis sozinha. A maioria presidencial sim, é relativa”, afirmou, referindo: “será necessário esclarecer, nos próximos dias, a quota de responsabilidade e a cooperação que as distintas formações políticas da Assembleia Nacional estão dispostas a assumir”.
O Presidente, reeleito em abril, sublinhou: a França “precisa de reformas ambiciosas para criar riqueza e para inovar”.
Dos 577 deputados eleitos nas legislativas de domingo, a Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES), liderada por Jean-Luc Mélenchon, conquistou 131 lugares; a União Nacional, de Marine Le Pen, 89; e os Republicanos garantiram 61.