UFA! Jogo de loucos e impróprio para cardíacos aquele que FC Porto e Manchester United protagonizaram esta quinta-feira no Estádio do Dragão.
Numa noite que esteve à beira de ser épica para os “azuis-e-brancos”, Maguire acabou por voar para “empatar” a reviravolta portista.
Os comandados de Vítor Bruno estiveram com dois golos de desvantagem, não deram passos para trás e foram em busca do prejuízo, no espaço de sete minutos anularam os golos de Rashford e de Højlund e, no reatamento, confirmaram a reviravolta.
Mas houve mais, a loucura prosseguiu, várias ocasiões foram desperdiçadas nas duas balizas, Bruno Fernandes foi expulso, Deniz Gül não matou a partida e a reacção dos da Invicta foi anulada no primeiro minutos dos descontos… Samu voltou a brilhar com um bis e Pepê também fez o gosto à cabeça.
Loucura na Invicta. Foi de cortar a respiração a primeira parte. Os “dragões” entraram a cuspir fogo, quase marcavam aos 27 segundos, voltaram a ameaçar instantes depois, mas foi o United a fazer a festa na primeira acção contundente que teve na área contrária, por Rashford.
A equipa lusa não baixou a guarda, continuou a assumir as rédeas da partidas, mas os “red devils” voltaram a ser mortíferos. Højlund gelou o palco azul, mas nada estava sentenciado.
Pepê encurtou distâncias e, sete minutos volvidos, Samu voltou a surgir na hora H restabelecendo a igualdade. Mas ainda houve mais e, até ao intervalo, os ingleses desperdiçaram duas ocasiões soberanas…
A etapa final foi menos vitaminada do que a inicial, mas ainda assim não faltou emoção. Samu estava imparável e fuzilou as redes de Onana, confirmando, assim, a reviravolta.
A partida continuou numa roda viva de emoções, os ingleses queriam o empate e os portistas espreitavam outra folga no “placard”. Samu viu o guardião contrário negar-lhe o “hat-trick” e Diogo Costa foi respondendo com enormes defesas.
Bruno Fernandes foi expulso por acumulação de amarelos, segundos depois Deniz Gül desperdiçou uma ocasião de ouro e, mesmo reduzido a dez elementos, o United foi com tudo.
Nehuen ainda adiou o empate, que acabou por surgir da cabeça do mal-amado Harry Maguire.
O FC Porto soma o primeiro ponto nesta edição da Liga Europa, depois do desaire ante o Bodø/Glimt, e o United averbou o segundo ponto e Ten Haag ganha mais uns dias de “vida”.
O Jogo em 5 Factos
1. Áreas assaltadas
Numa partida com tracção para o ataque, as duas equipas usaram e abusaram nas acções com a bola na área contrária. O FC Porto atingiu as 30 e o United carimbou 42.
2. Golos esperados (xG)
Ambos os conjuntos finalizaram o jogo com as mesmas quatro ocasiões flagrantes criadas, sendo que os “azuis-e-brancos” tiveram Golos Esperados (xG) de 2,31 e os “red devils” 1,38.
3. Dilúvio de remates
Nesta espécie de futebol total, houve um dilúvio de… remates. A equipa de Vítor Bruno gizou 14 tiros à baliza contrária, sendo que metade foram enquadrados. Já os forasteiros fizeram 29 remates (máximo na prova), oito dos quais levaram a direcção do alvo.
4. Risco total
Dos 400 passes feitos, o FC Porto acertou 336 (eficácia de 84%), sendo que desperdiçou 19 de risco. Por sua vez, os ingleses acumularam 472 passes, acertaram 419 (eficácia de 89%) e falharam 12 de risco.
5. Suplente recordista
Garnacho saltou do banco ao intervalo e foi a tempo de bater um recorde. Foram oito os remates que fez nos 50 minutos em que actuou, porém, apenas dois foram enquadrados e ainda desperdiçou uma ocasião flagrante.
Melhor em Campo
Imparável. Samu Omorodion está de “dulce” e já tem mais golos (sete) do que jogos (seis) com as cores portistas. Nesta noite de gala, vestiu o “smoking” e fez o que quis na área inglesa. Disparou cinco remates, três foram enquadrados e dois redundaram em golo.
Além disso, recebeu sete passes progressivos, alcançou as 29 acções com a bola, sendo que oito foram na área, venceu cinco dos 12 duelos em que interveio, ganhou metade dos seis duelos aéreos ofensivos em que participou, perdeu a bola por dez vezes, sofreu dois desarmes, sofreu uma falta e foi o melhor em campo com um rating de 7,4.
Resumo
// GoalPoint
