/

Francisco Louçã: “Talvez fosse útil o PS substituir os pistoleiros”

*Bloco / Flickr

Francisco Louçã, ex-líder do Bloco de Esquerda

Num artigo de opinião no Expresso, Francisco Louçã defende que o Partido Socialista “persiste nesta estratégia de tensão” que custou a maioria absoluta.

O artigo de opinião de Francisco Louçã, publicado esta terça-feira no semanário Expresso com o título Nem desisto nem insisto, ou por favor agarrem-me se não eu bato, começa com a candidatura de Vitalino Canas ao Tribunal Constitucional, que o ex-líder do Bloco de Esquerda diz ser uma processo “escusado” e “uma farsa”.

“Para amenizar a derrota, num daqueles encantadores volteios com que disfarçam os fracassos, os spin doctors puseram a correr que foi o primeiro-ministro quem assim quis queimar o candidato, numa engenhosa armadilha florentina”, escreve.

Louçã critica ainda a repetição daquilo que considera ser uma chantagem contínua do PS quando algo corre de maneira diferente da pretendida pelos socialistas.

“Foi só instinto basal, como sempre, recorrendo-se à repetição do refrão dos últimos meses: se há contrariedade, ameaça-se com uma crise política ou, pelo menos, com alguma coisa assim tipo grave, visto que a democracia ‘está bloqueada” se Vitalino Canas não for eleito, como repete Ana Catarina Mendes.”

Por último, o bloquista diz que o partido de António Costa persiste “nesta estratégia de tensão, que vem do verão de 2019 e que já levou ao fracasso da maioria absoluta, à recusa da continuação da geringonça”.

“Por isso, para sair do atoleiro, talvez fosse útil que o PS substituísse os pistoleiros por gente capaz de dialogar. Seria um bom motivo para uma remodelação governamental que mudasse agora o gabinete e os seus modos de gerir a política. Está a passar tempo demais para o que é tão óbvio e que só a farsa do ‘bloqueio da democracia não quer compreender”, remata.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.