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Lola, a robô humanóide, dá “passos de bebé” (e equilibra-se com as mãos)

Uma equipa de cientistas está a ensinar a robô humanóide Lola a dar “passos de bebé”, equilibrando-se com as suas mãos em vários pontos de contacto.

Há muito tempo que os investigadores estudam a locomoção de múltiplos contactos, um processo que permite que bébes humanos deem os seus primeiros passos e tornem-se bípedes.

Há uma década, cientistas da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, desenvolveram um robô humanóide chamado Lola como uma plataforma de investigação para o desenvolvimento de algoritmos.

De acordo com o Inceptive Mind, a equipa deu ao robô uma série de atualizações importantes, permitindo que dê os seus próprios passos de bebé na locomoção por múltiplos contactos.

Lola é um robô humanóide acionado eletricamente que pesa 68 quilogramas, tem 176 centímetros de altura e 26 articulações distribuídas. Semelhante ao robô Atlas, da Boston Dynamics, o modelo também possui um par de câmaras de profundidade na cabeça, o que permite traçar um mapa volumétrico dos seus arredores.

O novo algoritmo usado para locomoção de múltiplos contactos usa uma abordagem proativa, em vez de reativa. Isso significa que Lola pode adaptar-se dinamicamente ao seu ambiente. Uma das principais diferenças é que, agora, o robô usa as mãos para equilíbrio e estabilização, da mesma forma que os humanos.

Num vídeo, segundo o Interesting Enginering, os investigadores cegaram o robô para que pudesse mostrar como usa a locomoção multi-contacto, em vez de dados volumétricos, para manter o equilíbrio.

Em vários cenários, o robô mantém o equilíbrio graças ao uso das suas mãos, incluindo caminhar sobre superfícies móveis e ser empurrado.

A investigação sobre Lola ainda está nos seus estágios iniciais. Nas últimas experiências, os pontos de contactos das mãos e posições de apoio foram definidos manualmente. Mesmo assim, a equipa espera automatizar essas técnicas em breve.

Além disso, o uso de vários pontos de contacto dinamicamente é realizado pelo robô em tempo real e é responsável por alguns dos movimentos robóticos mais humanos já vistos.

Maria Campos, ZAP //

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