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Marques Mendes antecipa novos benefícios fiscais para empresas (e fala da “santanice” de Costa)

Carlos Barroso / Lusa

Luís Marques Mendes

O Orçamento de Estado para 2020 incluirá novos benefícios fiscais para as empresas, avançou Luís Marques Mendes esta terça-feira durante o VII Encontro Fora da Caixa E=MC2, organizado pela Caixa Geral de Depósitos.

“António Costa vai conseguir um grande número até ao final deste ano”, começou por dizer Marques Mendes, que é também Conselheiro de Estado. As “empresas vão ter novos benefícios fiscais já no próximo orçamento” com o anúncio de um novo acordo de Concertação Social, acrescentou, citado pelo semanário Expresso.

“Vai ser um bom número. Tem a ver com a habilidade política de António Costa (…) E vai ter também um bom número na presidência do Conselho da União Europeia” em 2021, ano que se adivinha mais complicado para o Executivo devido à realização de eleições autárquicas, referiu, citado pela revista Sábado.

No entender de Marques Mendes, a aprovação do OE2020 não será difícil para o Executivo de António Costa, que encontrará mais dificuldades no plano social. Ainda assim, acredita que o Governo durará os quatro anos da legislatura.

“Se as previsões se confirmarem, ninguém derruba um Governo com crescimento de 1,7%, acima da média europeia. Seria preciso juntar todas as forças de esquerda e direita e isso é praticamente impossível”, recordando que a última vez que isto aconteceu foi no no chumbo do PEC IV do antigo primeiro-ministro José Sócrates.

Marques Mendes disse ainda que este não é um Governo para levar a cabo reformas estruturais. “[António Costa] não é um reformista. Se alguém pensar que nos próximos quatro anos vai haver reformas de fundo em matéria de Estado, Segurança Social ou Justiça, o melhor é esperar sentadinho. Não aconteceu nos últimos quatro anos, quando havia boas condições, e não vai acontecer agora”, vaticinou.

O antigo líder do PSD comentou ainda o facto de o Governo ter decidido descentralizar três secretarias de Estado para o interior do país. No seu entender, esta medida não terá impacto na valorização das regiões em causa (Castelo Branco, Guarda e Bragança), considerando que a medida é uma espécie de “brincadeira”.

“É engraçado, é António Costa a fazer uma ‘santanice’”, disse, referindo-se, tal como explica a Visão, a medida tomada por Pedro Santana Lopes em 2004. O à época primeiro-ministro decidiu transferir a secretaria de Estado do Turismo para o Algarve.

O VII Encontro Fora da Caixa E=MC2, que decorreu em Lagoa, no Algarve, contou também com a presença do presidente da comissão executiva do banco público, Paulo Macedo.

ZAP //

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