“O lápis mágico de Malala”, o novo livro da jovem ativista paquistanesa Malala Yousafzai, Nobel da Paz em 2014, vai ser editado ainda este mês em Portugal.
Através de um conto autobiográfico, Malala defende o direito das raparigas irem à escola e de terem acesso à educação. Neste livro infanto-juvenil, recheado com ilustrações e imagens, a autora tenta desde início consciencializar os mais novos através do seu próprio exemplo.
A história gira em torno de uma menina chamada Malala que desejava um mundo melhor e mais justo. Esta, quando era nova, sonhava ter uma lápis mágico para poder desenhar vestidos bonitos para a mãe ou para desenhar “meninas e meninos, todos eles com direitos iguais”.
O lápis mágico de Malala, editado pela Presença, tem ilustrações de Sébastien Cosset e Marie Pommepuy, que, em conjunto, assinam como Kerascoet.
Malala é a personalidade mais nova de sempre a receber o prémio Nobel da Paz. O início da história de Malala remonta ao ano de 2009, quando tinha apenas 12 anos, idade com que escreveu um diário sobre a sua vida escolar para a BBC. Em 2010, o The New York Times lançou um documentário sobre a paquistanesa.
Dois anos depois, a jovem foi vítima de uma tentativa de assassinato por parte do Movimento dos Talibãs do Paquistão, enquanto seguia num autocarro para a escola, tendo sido atingida por um tiro na cabeça.
Sobre o tema, Malala escreveu um dia que “A minha voz tornou-se tão poderosa que os homens perigosos tentaram silenciar-me. Mas falharam”. Este episódio deixou a comunidade internacional, que apadrinhou e acarinhou a jovem, em choque. O evento também foi o responsável pelo mediatismo de Malala.
Com apenas 17 anos, Malala ganhou o prémio Nobel, como prova do reconhecimento da sua insurreição pelos direitos das mulheres e contra o difícil acesso à educação na sua terra natal, no Paquistão, onde grupos terroristas com controlo do terreno impedem as jovens de ir à escola.
Agora, aos 20, Malala prepara-se para dar continuidade a um caminho desde então amplamente publicitado, desta vez com o lançamento do livro em questão.
Em Portugal está editado ainda o seu primeiro livro Eu, Malala, de 2013, no qual a ativista relata a sua história de vida, dirigida a um público adolescente.
Vejo como essas mulheres sofrem… eles colocam a religião a frente das coisas para justificar tais atos..simplesmente dizem que Deus quer e é assim que tem que ser… usam o nome de um Deus para defender os seus interesses, e matam a todos aqueles que se rebelam contra esse tipo de comportamento…fico super assustada de viver em um mundo com gente tão cruel ..que Deus tenha piedade dessas mulheres e de todo o povo que sofre com esses costumes
Isso é um grande absurdo. Uma cultura sem leis, onde as pessoas usam o nome de Deus em vão!! Cultura extremamente machista. Alguma autoridade já deveria ter intervindo nisso! mas ninguém quer se meter. Enquanto isso esse povo sofre. Principalmente as mulheres
É bom ver que tem pessoas lutando por seus direitos e triste ver outras deixando a vida de lado seguinte um certo extremismo.