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Revelada lista de 12 mil nazis na Argentina que enviaram “dinheiro roubado a judeus” para a Suíça

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Documentos descobertos na Argentina revelam os nomes de 12 mil nazis que viveram neste país, nos anos 30, e que enviaram dinheiro, provavelmente roubado a judeus, para contas na Suíça.

De acordo com a BBC, o Centro Simon Wiesenthal, sediado nos Estados Unidos, foi o responsável pela divulgação dos documentos, que revelam uma lista de 12 mil nazis que viveram na Argentina e que enviaram dinheiro para a Suíça durante os anos 30.

A organização de direitos humanos, que se foca sobretudo no período do Holocausto, acredita que se trata de “dinheiro saqueado a vítimas judias” e, por isso, já pediu ao Credit Suisse para identificar as contas bancárias em questão.

Isto porque o centro afirma, em comunicado, que muitas das pessoas listadas nestes documentos “tiveram uma ou mais contas bancárias no Schweizerische Kreditanstalt, que mais tarde se viria a transformar no Credit Suisse“.

Tal como recorda a emissora inglesa, nos anos 30, a Argentina teve um regime pró-nazi liderado pelo Presidente José Félix Uriburu, também chamado “Von Pepe”, e pelo seu sucessor Agustín Pedro Justo.

Os documentos agora tornados públicos foram confiscados por uma comissão especial, criada durante a Presidência anti-nazi de Roberto Ortiz, à organização nazi Unión Alemana de Gremios. Porém, em 1943, outro golpe militar restaurou o regime pró-nazi e as conclusões desta comissão foram queimadas.

Felizmente, o investigador argentino Pedro Filipuzzi encontrou uma cópia da lista numa antiga sede nazi em Buenos Aires, tendo-a agora entregado ao Centro Simon Wiesenthal.

“Muitos dos nomes estavam relacionados com empresas pró-nazis incluídas na lista negra dos EUA e do Reino Unido durante a II Guerra Mundial”, afirma na mesma nota Ariel Gelblung, responsável do centro para assuntos da América Latina.

A teoria defendida pelo centro é que o dinheiro roubado aos judeus entrou na Argentina para financiar negócios de empresários pró-nazis e parte desses investimentos voltou mais tarde ao continente europeu através do banco suíço.

“Estas contas variavam de empresas alemãs como a IG Farben (o fornecedor de gás Zyklon-B, usado para exterminar judeus e outras vítimas do Nazismo), a organizações financeiras como o Banco Alemão Transatlântico e o Banco Alemão da América do Sul. Esses dois bancos serviram aparentemente para fazer as transferências até à Suíça”, declarou ainda Shimon Samuels, diretor de Relações Internacionais do centro Wiesenthal.

“Esperamos que esta história e os bens restantes destes 12 mil nazis sejam vistos de forma diferente, pelo bom nome do Credit Suisse“, conclui a organização.

Em comunicado enviado à agência AFP, o Credit Suisse afirma já ter colaborado durante a realização do relatório Volcker, entre 1997 e 1999, para rastrear as contas bancárias que pertenciam às vítimas da perseguição nazi. “No entanto, vamos analisar este caso outra vez”, adiantou na mesma nota.

ZAP //

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9 Comments

  1. a suiça, é um país sem escrúpulos tudo que é dinheiro guarda logo não interessa sem são assassinos ou ladrões, não têm restrições nenhumas como sabemos, só para infeitar.

  2. A INDUSTRIA DO HOLOCAUSTO não para.
    Esta descrita minuciosamente no livro homônimo do autor judeu Norman Finkelstein. Ele que teve pais presos em campos de prisioneiros descreve a ETERNA VITIMIZACAO que não mede esforcos para que esta INDUSTRIA continue funcionando 75 anos anos depois da 2a guerra. A pergunta que fica e COMO um pequeno grupotinja TAMANHA FORTUNA ?

  3. acho estranha a cronologia. já nos anos 30, antes de rebentar a guerra e serem criados os campos de concentração, já havia 12.000 nazis na Argentina e já com fortunas roubadas aos judeus?! parece-me mais coisa dos anos 40/50, após a fuga em massa de nazis para aquele país – com o beneplácito de Péron.

    • Não é de nada de estranhar pois no ocidente se faz cópia de cópia, ainda temos sorte de não terem escrito que isso se passou no séc. XIX

    • Após a I Guerra Mundial, houve uma enorme migração da Alemanha para a Argentina, daí apoiaram economicamente o movimento nazi. Também acolheram os nazis que fugiram no final da II G mundial. Quanto aos Judeus eram milhares os que foram expurgados dos seus bens pessoais e de empresas, incluindo sociedades financeiras. Como eram poupados, pacíficos e tinham bens foram os alvos principais dos nazis, tal como aconteceu em Portugal com a Inquisição (Católica) a expurgar judeus e cristãos que não alinhavam, nomeadamente os que não apoiavam os espanhóis.

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