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Novo líder do PSD de Santarém exige deputados em regime de exclusividade

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João Moura, o novo líder do PSD de Santarém, avisa que os futuros deputados à Assembleia da República vão ter de assumir um compromisso de exclusividade.

O novo presidente da distrital do PSD de Santarém, eleito este fim-de-semana, vai mudar as regras do jogo no partido no que diz respeito aos candidatos a deputados à Assembleia da República pelo distrito nas próximas legislativas.

Assim, João Moura afirma que só irá permitir que integrem as lidas sociais-democratas de candidatos a deputados pelo distrito pessoas que aceitem candidatar-se em regime de exclusividade.

A lista de candidatos a deputados à Assembleia da República é proposta pelo presidente da comissão política distrital do PSD, e depois é ratificada pela direção nacional do partido. A intenção de João Moura é que essas listas sejam apenas constituída por pessoas que assumam o compromisso de exclusividade para com a distrital.

Segundo o Público, esse compromisso vai gerar alguma controvérsia e poderá provocar uma “limpeza” nas listas. Antes da sua eleição, em declarações ao jornal, João Moura afirmou que “não queremos ninguém que seja deputado e que trabalhe também num qualquer escritório de advogados”.

“Comigo na liderança da distrital, os deputados têm de ter total disponibilidade para o distrito”, algo que não aconteceu nos últimos dois mandatos em que Nuno Serra esteve à frente da distrital. Aliás, João Moura acusa-o de “estar demasiado concentrado na atividade parlamentar, esquecendo o distrito”.

Como explica o Público, Nuno Serra, além de ser deputado na Assembleia da República, é vereador da Câmara de Santarém e trabalha na empresa Roff, acreditada para trabalhar em projetos no âmbito do quadro comunitário de Apoio Portugal 2020.

O engenheiro industrial deixou claro que, enquanto conseguir conciliar as suas funções, vai manter os três cargos. “Há vários deputados que estão na mesma condição que eu”, frisa.

O Público dá conta que, em 2016, quase metade dos deputados eleitos pelo círculo de Santarém tinham rendimentos de outras atividades remuneradas, além das funções na Assembleia da República.

ZAP //

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