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Líder neonazi britânico declara-se homossexual, revela ser judeu e abandona movimento

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Um proeminente líder neonazi da Frente Nacional (NF) britânica deixou o movimento depois de se declarar homossexual e revelar a sua herança judaica. O líder fez as revelações sobre o seu passado violento enquanto renunciava ao extremismo da direita.

Kevin Wilshaw, de 58 anos, passou toda a vida adulta a promover o supremacismo branco e era uma figura de alto perfil na Frente Nacional na década de 1980. Ainda este ano, Kevin discursava em eventos extremistas e foi preso por espalhar ódio na internet em março.

Agora, em declarações ao Channel 4 News, o neonazi admitiu atos de violência e racismo, como esmagar a cabeça de alguém com uma cadeira ou vandalizar uma mesquita. Kevin disse que se juntou ao movimento “porque não tinha muitos amigos na escola”, e estava à procura de “camaradagem” e de ser “membro de um grupo de pessoas com um objetivo” comum.

“Mesmo que acabes num grupo de pessoas que, devido às visões extremas, são excluídas da sociedade, tens uma sensação de camaradagem na qual és membro de um grupo que está a ser atacado por outras pessoas”, acrescentou.

Wilshaw juntou-se ao Partido Nacionalista Britânico (BNP) aos 18 anos, depois de um período com a NF, e também se envolveu com grupos marginais violentos, como a Força de Voluntários Raciais.

De acordo com a Hope Not Hate (Esperança, Não Ódio), uma instituição de caridade que “faz campanha para combater o racismo e o fascismo”, Wilshaw pertencia à extrema direita desde 1974.

Wilshaw disse que finalmente percebeu que o racismo era “lixo” e desistiu da extrema direita depois de ser alvo de abusos dentro do movimento devido à sua sexualidade.

“É uma coisa terrivelmente egoísta de se dizer, mas é verdade: vi pessoas abusadas, ofendidas, cuspidas na rua – não é nada até que é dirigido a ti e, de repente, percebes que o que fazes é errado”, disse ele.

O agora ex-neonazi sente-se “terrivelmente culpado” pelo passado e quer lutar contra o racismo, embora tenha dito ter medo de vir a sofrer represálias da extrema direita por “traição”.

Novos números divulgados na terça-feira revelaram um enorme aumento nos crimes islamofóbicos relatados em Londres no ano passado. Um total de 17.042 crimes raciais ou religiosos foram relatados à polícia nos 12 meses anteriores até abril de 2017, em comparação com 16.762 no mesmo período do ano anterior.

O aumento mais acentuado foi registado entre os crimes anti-islâmicos, com as ofensas a subir um quarto. Os crimes homofóbicos aumentaram 6% e as infrações antissemitas aumentaram 4,5%.

O governo também foi instado a abrir um inquérito sobre o extremismo de direita nas Forças Armadas, depois de quatro soldados terem sido presos por serem supostos membros de um grupo neonazi proibido chamado Ação Nacional.

5 Comments

  1. se tivesse seguido os seus antepassados teria mais sabedoria….
    A palavra de Deus não falha!
    O homem violento coage o seu próximo, e o faz deslizar por caminhos nada bons. Provérbios 16:29
    Quem anda em sinceridade, anda seguro; mas o que perverte os seus caminhos ficará conhecido. Provérbios 10:9
    O que semear a perversidade segará males; e com a vara da sua própria indignação será extinto. Provérbios 22:8

    Muitos mais versículos bíblicos se poderiam aplicar à situação….

    • sabe que o seu ódio à direita não implica que todos os acentos sejam à direita. De facto são maioritariamente à esquerda. e os betinhos estão em todo o lado, veja-se o BE e o PS…

  2. Gays nas fileiras nazis sempre foi mato. A começar pelo Ernst Röhm e seus capangas das SA. Diz-se que o próprio Hitler teria essa inclinação, mais outros nazis de topo. Quando eles batem muito no peito e exibem muita macheza é porque querem espantar a bicha que lhes vai na alma…

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