Pedro Sánchez apresentou hoje a sua demissão de secretário-geral do PSOE depois da sua proposta para realizar um congresso extraordinário do partido em novembro ter sido recusada por uma maioria de membros do comité federal reunido em Madrid.
Segundo fontes das duas partes em confronto no interior da reunião do órgão mais importante entre congressos citados, Pedro Sánchez acaba de se demitir, depois de 11 horas de grande tensão na sede do PSOE.
A demissão surge depois de uma proposta do líder socialista para realizar um congresso extraordinário em novembro ter sido recusada, por 132 votos contra 107, pelos membros do Conselho Federal do PSOS, reunido em Madrid.
A oposição interna defendia um congresso, mas nunca antes de haver uma solução governativa.
O PSOE tem vivido uma crise interna depois de ter visto diminuir a sua base de apoio nas últimas eleições e de ter impedido a formação de um governo do Partido Popular, do primeiro-ministro Mariano Rajoy, sem ter conseguido até agora apresentar uma alternativa viável.
“Para mim foi um orgulho, e apresento a minha demissão. Foi uma honra”, disse Pedro Sanchez.
Depois das críticas de vários dirigentes regionais, a posição de Pedro Sánchez ficou ainda mais enfraquecida após ser conhecido o resultado das eleições de domingo na Galiza e País Basco em que os socialistas recuaram para posições historicamente baixas.
A luta interna no PSOE subiu de tom esta quinta-feira, data em que 17 membros da Executiva Federal do PSOE, críticos da liderança de Pedro Sánchez, demitiram-se em bloco tentando fazer cair o líder.
Na sequência da demissão de Pedro Sánchez, o sector crítico ao ex-líder , que os analistas consideram ter por trás os barões do partido e o antigo líder Felipe González, impôs a criação de uma comissão de gestão para dirigir o PSOE.
ZAP / Lusa