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Leilão de uma consola raríssima pode mudar a história dos videojogos para sempre

Mats Lindh / Wikimedia

Protótipo da Nintendo PlayStation.

O protótipo de uma Nintendo PlayStation está em leilão e, dependendo de quem o comprar, pode alterar a história dos videojogos para sempre.

O raríssimo protótipo de uma Nintendo PlayStation está em leilão desde o mês passado. Para os mais leigos, este foi o resultado de uma colaboração entre a Nintendo e a Sony para uma consola de videojogos em disco do SNES. Contudo, o produto afinal acabou por nunca ir para as prateleiras, já que a Nintendo cancelou o acordo após perceber que o contrato celebrado daria demasiado controlo sobre o produto à Sony.

O protótipo em leilão é considerado tão raro que se acredita que seja o único existente em todo o mundo, de acordo com o OneZero.

Há vários obstáculos para jogar videojogos antigos, mas, um dia, a realidade virtual poderá permitir que várias pessoas interajam com um dispositivo ilusório como a Nintendo PlayStation, recriando digitalmente o hardware da consola.

“Estou numa missão para digitalizar e preservar a história dos videojogos físicos”, escreveu Palmer Luckey, fundador da plataforma de realidade virtual Oculus, no Twitter. “A realidade virtual perfeita garantirá que a experiência original continue para sempre, mas precisamos de manter estas coisas vivas e funcionais enquanto isso”. Luckey é um dos licitadores no leilão da Nintendo PlayStation.

O leilão termina esta quinta-feira e o lance mais alto está nos 280 mil dólares. Desconhece-se se é Palmer Luckey quem lidera, mas as suas intenções são, de facto, únicas. O empreendedor norte-americano explicou num outro tweet que o seu projeto envolvia a construção do centro de armazenamento de videojogos mais avançado de sempre.

Em declaração ao OneZero, Luckey disse que a plataforma está operacional há vários anos e que o objetivo é preservar os videojogos para as futuras gerações. Mas nem todos concordam com este ponto de vista e alguns especialistas consideram-no redutor. Eles defendem que para preservar verdadeiramente os jogos, backups digitais e coleções pessoais não são suficientes.

O International Center for the History of Electronic Games é uma das instituições a fazer este tipo de trabalho, tentando preservar os videojogos mais antigos. “Se um jogo chegar até nós, digamos, num disco, eu preocuparia-me em preservar o próprio disco, a caixa, as instruções e todas essas coisas”, disse Shannon Symonds, uma das curadoras do museu.

“Se a realidade virtual for a única coisa que restará? Eu sentiria pena nesse caso. Porque acho que falta um monte de coisas. Mas a realidade virtual como parte integrante de uma versão mais ampla da preservação? Sem dúvida. Não há nada de errado com isso”, acrescentou Symonds.

ZAP //

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